Sunday, June 22, 2008

Pelo amor e pela dor

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Felipe Massa, ao vencer e se tornar líder do campeonato, parece ter encontrado o equilíbrio que lhe faltava em outras temporadas. Uma análise deste histórico GP da França de 2008, lá no GPTotal. Vai lá, comenta aqui, ou lá, onde quiser!

12 comments:

Anonymous said...

A coluna está muito bem escrita, como habitual, mas, desculpe, não consigo compartilhar desse entusiasmo da torcida brasileira por Felipe Massa.

Ele é um bom piloto, sim, mas não é do mesmo nível de Kimi Raikkonen. Não é mesmo. Kimi só fez uma corrida ruim até agora, a de Mônaco, e se prejudicou com um monte de erros da Ferrari. É verdade que ele não é tão bom para fazer voltas rápidas nos treinos, mas na corrida ele é imbatível.

E, sei lá, ele tem CARÁTER de campeão. Eu vejo nas atitudes dele e penso em Alain Prost, em Nelson Piquet, em Nigel Mansell, naqueles caras simples, sem máscara, sem marquetagem, pensando apenas em correr e viver sua vida.

Eu torço pelo Kimi. Não tenho um pingo de patriotismo, nesse caso. Sei que ele não é tão bom quanto esses que eu citei, sei que ele não é fora de série como o Schumacher, mas é ele que eu acho e quero que seja campeão.

Anonymous said...

Ainda não li a coluna. Farei logo mais. Só queria comentar um comentário - ops - seu na transmissão.
Quer dizer então que o sapo enterrado na vida do Kimi tem nome e nacionalidade? hahahahaha maravilhoso!
Gosto muito do Odnei Edson, mas a narração do Ulisses Costa foi ótima. Será que não dava para revesar?
Se puder mande um abraço a todos lá. É uma opção maravilhosa a transmissão oficial.
Logo volto para comentar a coluna.

Anonymous said...

Já li a coluna.
Tem razão. O Gp é para a posteridade. Um alfarrábio para consultas futuras.
Ouvi quando você comentou na rádio que haviam garotos que hoje escrevem sobre F1 que nunca tinham visto um brasileiro na liderança do mundial. Não me incluo entre eles - pela idade - vi os titulos de Senna (torcendo pelo Piquet é verdade, mas vi! - E só podia contar isto para meus filhos que cresceram vendo o Rubinho como segundo piloto. Agora o meu mais velho disse olhando para mim: O campeonato podia acabar hoje né?
Discordei, disse a ele que f1 é mais que patriotismo por diversas razões, mas principalmente pela parte comercial.
Talvez o Caíque - meu mais velho - seja este garoto em 2038 que vai clicar em seu ultra-super-puxa moderno lap top dentro do metrô e busque as informações no Gptotal sobre o Gp da França de 2008. Ai vai ler sua coluna e se encontrar no texto...
Parabéns Alessandra. e vá desculpado os dois comentários seguidos...tá?

Anonymous said...

Bom dia Alessandra, gosto sempre dos seus comentários nas transmissões pela rádio, mas ontem a vitória do Massa não foi espetacular não, como o pessoal da rádio estava falando, e sim uma vitoria de sorte, pois com aquele carro estar, até o problema do Kimi, atrás + de 6 segundos é muita coisa. Devemos ficar contentes com a vitória do Massa, mas não podemos deixar de ver a realidade. Abraços.

Anonymous said...

Alessandra,
Eu tenho uma inveja danada de quem ainda tem essa capacidade de se emocionar com vitórias de esportistas brssileiros. Eu perdi essa capacidade há muito tempo. Acho que foi depois de 2000 a última vez que fiquei satisfeito com uma vitória de um brasileiro, no Gp da Alemanha.
Depois de uns anos comecei a tomar é birra mesmo. Não suporto essa coisa de Brasil-sil-sil, patriotismo de Copa do Mundo, só se pode torcer para braileiros. Comigo é o contrário. Torço para a Italia, para a Ferrari... Até para a Argentina já torci em Copa do Mundo. Tenho a sensação de que essa minha birra tem a ver com certo locutor e sua idiotia cultuada.
Penso até que o Massa pode vir a ser campeão. Toamra, pois o automobilismo no Brasil precisa de um ânimo novo. Mas quando começam as babaquices ufanistas... é duro de aguentar.

Robson Leandro da Silva said...

Estava acompanhando o áudio da corrida pela Bandeirantes como sempre faço e ouvi o seu comentário emocionado. Confesso que também fiquei, mas só por um instante. Acompanho F1 desde 1983 e nesses 25 anos lendo muita coisa sobre pilotos perdi o lance do patriotismo e procuro vê-los como caras especiais. E só isso.
Acho que o Felipe amadureceu muito depois do que aconteceu nas duas primeiras provas. Acredito que ele tenha sentido o baque e que agora, olhando pra trás, percebe que poderia ser hoje líder absoluto e favoritíssimo ao título.
Mas, espero que o ufanismo não volte como nos tempo do Ayrton. Aquela nuvem de otimismo impediu muita gente de ver o Ayrton Senna ser humano, que não tinha nada de santo. Nessa toada, prefiro o Nelson Piquet Jr. que parece alheio a esse tipo de postura.

valéria mello said...

Há quinze anos atrás, eu não acompanhava a Fórmula 1 como hoje em dia. Sabia das vitórias do Senna, me empolgava com ele, mas na onda de ídolo brasileiro.
Posso dizer que é a primeira vez que vejo um brasileiro liderando o campeonato. E mesmo que tenha sido uma vitória mais pela sorte, o mais importante é que essa liderança é fruto do amadurecimento que o Massa vem demonstrando. Acho que o perfil do campeão não precisa ser só de uma certa postura, de genialidade, mas também de maturidade e consistência, que é o que ele vem apresentando nas últimas corridas.

roger said...

-Você tem um texto muiti bom!
Gostei da antevisão de quem estará lendo...

Celinho Boy said...

Gostei do teu texto, Alessandra. Mas me incluo naquela turma que viu o Senna ser o último brasileiro líder numa F-1. E olha que já acompanho f1 há 20 anos. Não há como negar que o interesse diminuiu seja pela morte do Senna, seja pelas novas regras, seja pelo fato das corridas terem virado passeio em volta de pista...
Resta saber até quando ele vai manter o rendimento e quando ele contará com a sorte.
Não faço mais comentários precisos pois não vi a corrida. Tava dormindo, embora tivesse até programado o despertador do celular para as nove da manhã. Mas será que ele conseguirá ganhar o título na ocasião em que muita gente achava que ele não poderia ganhar? Vamos esperar por essa etapa européia, aquela que o pessoal diz favorecer mais a Ferrari. Pelo menos ele demonstrou modéstia sobre as comparações com o Senna(o último a liderar) e Piquet(o último a ganhar na França em 1983).
Alessandra, me desculpe, mas gostaria de fugir um pouco sobre Felipe Massa: antes dele assumir a liderança, 15 dias antes, um polonês conseguiu além de ser o primeiro polonês a vencer um GP, o primiero a liderar. E detalhe: na mesma semana em que a FIA deu voto de confiança a Max Mosley devido ao episódio do vídeo em que ele aparece numa sessão de sado-masoquismo com temática nazista, ideologia que massacrou os poloneses e outras etnias, convicções religiosas, ideológicas e até homossexuais.
Ah, sim sua foto me fez lembrar a ?Jeannie do seriado Jeannie é um gênio. Espero que subtenda como um elogio. E é.
Beijos e abraços

Anonymous said...

Puxa!Dois mil e cassetada !...

Mas vamos ter calma ,ainda é muito cedo para fechar conclusões ,em felipe Massa sempre acreditei ,até porque não espero dele ser um heroi a lá Senna ou Piquet ,gosto dele do seu jeito ,rapido muito rapido e ainda um piloto que continua a evoluir ,já disse isso aqui uma vez ,cada piloto tem uma historia diferente.

Hamilton ao contrario é um piloto pronto um fora de serie ,pra mim seu maior problema atualmente é voltar a ter a mesma humildade do ano passado ,acredito que ele está se achando ,isso é muito perigoso.

E o Piquezinho ganhou mais um tempo realmente, na França foi muito veloz ,vamos lembrar que seu tempo nos treinos foi no mesmo ritmo do Alonso ,porque o espanhol estava muito mais leve ,e sua corrida foi perfeita até porque não podia se arriscar muito ,tinha que terminar e fazer um resultado .

Mas vamos falar a verdade , as entradas de curva do Hamilton eram diabolicas ,que coisa linda!

Jonny'O

Alessandra Alves said...

amigos: desta vez, vou fazer algo que não costumo - um comentário único para todas as mensagens postadas até aqui.

confesso que escrevi a coluna sob o impacto da vitória histórica de massa e da liderança de um brasileiro na fórmula 1 depois de quinze anos. e ressalto que o termo "histórica" refere-se, sobretudo, ao fato de ter sido a primeira vitória de um brasileiro em magny cours, e apenas a segunda de um brasileiro na frança, que abriga um dos gps mais tradicionais da fórmula 1, ao lado de inglaterra e itália.

fiz questão de não esconder essa emoção ainda na transmissão da rádio, porque eu de fato comecei a imaginar meu filho, de oito anos, vendo um brasileiro liderando o campeonato pela primeir vez. "escrevi" a coluna inteira no caminho de volta para casa. chegar e sentar à frente do computador foi só a consolidação do raciocínio. e fiz tudo sob o impacto da vitória sem perder a dimensão de que, afinal, tinha sido um grande lance de sorte do brasileiro, e que não tinha sido uma corrida fantástica e empolgante. mesmo assim, deixei a emoção fluir, sabendo do risco que isso implica. escrever um texto sob emoção é transitar na linha tênue entre o encanto e a pieguice. temi pela eventual pieguice do meu texto, mas me surpreendi mesmo com a aversão da maioria absoluta dos leitores que se manifestaram ao aspecto nacionalista/ufanista que a vitória de massa pode ensejar.

antes de me alongar nisso, devo dizer que vocês me deram de presente o tema que deve guiar minha próxima coluna no gptotal. sem adiantar as "cenas dos próximos capítulos", sinalizo apenas que vai se tratar de uma análise sobre esporte, imprensa e símbolos nacionais.

minha surpresa não foi pela forma dos comentários, porque meus leitores sempre nos brindam com análises maduras sobre diversos temas. a surpresa veio do caráter praticamente traumatizado, endurecido contra a tentativa de canonização de esportistas nacionais, transmutando-os em verdadeiros salvadores da pátria. e não me surpreendi por ver esse trauma expresso em vocês, mas por perceber como minha própria relação com isso não é solitária.

quando o herik, por exemplo, diz que eventualmente torce contra o brasil e que já chegou a torcer pela argentina, eu me identifico com essa postura pois - para espanto de alguns - torci com gosto e devoção contra o brasil durante toda a copa de 98 e vibrei como uma "coquete parisiense" com aquela goleada na final. e, para espanto de outros, torço sempre pelos países latino-americanos, argentina inclusive, nos confrontos contra qualquer outro time do mundo, especialmente do hemisfério norte.

pelas palavras de vocês, vejo o tamanho do estrago que a má exploração do esporte está fazendo para ele mesmo.

sinto que, para felipe massa, não bastará vencer corridas e até se tornar campeão. ele, ou qualquer outro que se acerce da possibilidade de ser campeão, vai ter de resgatar do endurecimento boa parte da platéia. não sei se massa está preocupado com isso, não deve estar, mas tenho visto sua postura na mídia e ele, pelo menos, não em parece estar embarcando desde já na armadilha das comparações e na ânsia de ser "o novo senna". tomara. por ele e por nós.

Anonymous said...

Oi Alessandra! Tudo bem? Hoje Juan Manuel Fangio completaria 97 anos. Ninguém vai fazer nenhuma homenagem não?

Beijo

Sidinei Gadelha