Wednesday, May 31, 2006

Ode ao Iguatemi

Primeiro, de Fusca. Depois, de Corcel. E mais algum tempo depois, de Maverick. A vida prosperava aos poucos, mas o passeio preferido era sempre o mesmo: matinê no shopping Iguatemi. Meu pai e minha mãe na frente, eu e meus três primos mais velhos no banco de trás, invariavelmente esmagando os ocupantes das janelas a cada curva. Uma espécie de ajuste de contas natural: quer sentar na janelinha, vai tomar amasso. Da Zona Norte à Faria Lima, o tempo gasto contando modelos de carro. Fusca não valia. Cada um contava o seu e confiávamos em todos.

O estacionamento era só um, descoberto, atrás do shopping. O cinema tinha uma escadaria imensa aos meus olhos de quatro, cinco anos, coberta de tapete vermelho. Não me lembro tanto da pipoca, mas de chicletes Adam´s, minúsculos retângulos coloridos, que vinham em embalagem de plástico mole, um palhaço desenhado, a boca do palhaço vazada, ampla visão ao arco-íris de goma. E tinha uma máquina de batata frita nas Lojas Americanas, aroma inebriante de gordura saturada.

Mas o lanche preferido era do Julie & Jim, meu primeiro milk shake de chocolate. Tempos depois, veio o Well´s, sua arquitetura de vagão de trem e o sorvete Hulla Hulla, servido em meio abacaxi com coroa e tudo.

O Iguatemi foi o único shopping de São Paulo durante muitos anos. Foi lá que comecei a comprar meus discos, LPs saídos do Museu do Disco, da Hi Fi ou da Sears, uma loja de departamentos tão grande que, extinta, deu origem à praça de alimentação do shopping, hoje abrigando um monte de fast foods e um monte maior ainda de mesas e cadeiras.

O grosso das compras de roupas era feito na loja da dona Amália, magazine de bairro da avenida Tucuruvi, mas presentes e itens para ocasiões especiais vinham do Iguatemi. Peças de qualidade superior, que duravam anos no armário, diretamente de lojas como Modélia, Brasília, a própria Sears, Corello e Germon´s. Era um shopping bacana, onde a classe média ia ao paraíso das boas compras sem deixar dez salários mínimos na loja, em troca de uma bolsa.

Década de 70, mercado fechado, nada de grifes importadas. Não havia Louis Vuitton, Calvin Klein, Dolce & Gabanna, Ermenegildo Zegna, Burberry, Diesel, Armani ou Salvatore Ferragamo. Essas coisas nem existiam e ainda não haviam nos informado que precisaríamos delas para ser mais elegantes, mais atualizados, mais valorizados e mais felizes.

Foi-se o Fusca, foi-se o Corcel, foi-se meu pai. Veio meu filho e seu encanto pelo relógio d´água do Iguatemi. Eventualmente, pede para vê-lo e lá vamos nós, classe média como antes, nos enfiar no mesmo shopping de antes, entrar nas mesmas Lojas Americanas de antes, talvez a única do lugar cujas mercadorias tenham uma relação real de custo-benefício.

Comprar CDs nas Americanas está longe da experiência de percorrer os nichos de LPs do antigo Museu dos Discos, separados em Nacionais, Internacionais, Jazz e Clássicos, por ordem alfabética. Nas Americanas, pelo menos, compro um Sonho de Valsa e me reconforto do enfado que tem me acometido cada vez que volto ao shopping da minha infância. A vida continua doce e pode ser simples como o bombom embrulhado em papel rosa-choque. E bem mais em conta que os chocolates Neuhaus, da loja ali em frente.

Monday, May 29, 2006

A vitória dos humildes

...




Depois de um político de direita, fundador do PFL, dizer que a origem de todo o caos social brasileiro é a conduta da "elite branca perversa", a gente acha que não vai se espantar com mais nada. Qual o quê! Cheguei a pensar que não tinha ouvido a notícia direito, logo cedo, pelo rádio, mas recebi detalhes assim que cheguei no trabalho. O campeão baiano de 2006 é mesmo um time chamado Colo Colo, da cidade de Ilhéus, até hoje mais famosa por ser o cenário do romance "Gabriela, cravo e canela", de Jorge Amado, e por representar o principal pólo da lavoura cacaueira do estado da Bahia.

O inusitado circunda toda a história da conquista do Colo Colo. A começar pelo nome do clube, idêntico a de um dos mais importantes times do Chile (!). Mas o queixo cai mesmo quando se informa o total da folha de pagamento do time: R$ 28 mil. Quem é familiarizado com futebol sabe que esse valor corresponde a um salário baixo em um dos grandes clubes de São Paulo.

Mas não custa fazer umas continhas rápidas: se um time de futebol tem, pelo menos, uns vinte jogadores, um técnico, um massagista e um roupeiro (deixando pra lá "frescuras" como médico, auxiliar técnico, fisioterapeuta etc.), significa que a média do salário não ultrapassa os R$ 1.200,00.

O aspecto menos surpreendente do título inédito do Colo Colo é a derrocada dos tradicionalíssimos Bahia e Vitória, de mãos dadas na terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Como bem prognosticou o jornalista Silvio Tudela, paulista radicado em Salvador e professor da Universidade Federal da Bahia, em seu artigo "Ba x Vi, isso existe?", de outubro de 2005, a decadência dos dois mais famosos clubes baianos não é coincidência nem fruto de humores azedos dos orixás. É conseqüência de falta de organização pura, mal que tem acometido tantos clubes brasileiros coalhados de glórias passadas.

Mas se não chega a chocar a degringolada da dupla Ba-Vi, ainda assim é de arregalar os olhos a reação conjunta do time do Colo Colo, que praticamente canonizou o presidente do clube, José Maria de Santana, tanto pelo fato de o homem pagar os salários em dia, coisa rara no futebol atual, como por suas palavras de fé. Ainda no início do campeonato, o presidente definiu o Colo Colo como "um produto modesto", o que parece ter inspirado fortemente os jogadores. Tanto que, ajoelhados sobre a bandeira, no meio do campo, após o jogo que definiu o título, os atletas ouviram do volante Sandro as palavras de que "quando um homem entra com honra e dignidade, ele nunca é vencido".

Um monte de gente humilde, liderada por um benfeitor abnegado... Ai, ai: mudou alguma coisa?

Friday, May 26, 2006

Brincar de correr

Já está no ar mais uma coluna minha no site GPTotal. Olha lá!

Tuesday, May 23, 2006

Evo, O mundo é um moinho - segundo ato

Palco vazio. Escuro. À esquerda, um facho de luz avermelhada ilumina Índia, em pé, braços cruzado, batendo nervosamente um dos pés no chão.

Índia (impaciente) - Agora você vai fingir que não está me ouvindo? Claro! Seus problemas são mais importantes, é sempre assim! Você só lembra que eu existo quando grito e ameaço. Vou precisar gritar de novo, para você parar de me ignorar?

Luz avermelhada esmorece. Palco escuro. Áudio:

"Fala pra mim, diz a verdade
O que mudou assim tão de repente
Quero saber de onde vem
Esse medo que machuca a gente"

À direita, um foco de luz branca incide sobre uma bancada de telejornal. O âncora dá a notícia.

Âncora - A cidade e o estado de São Paulo sofreram na semana passada uma série de ataques do crime organizado, em ações realizadas pelo Primeiro Comando da Capital. Na segunda-feira, dia 15 de maio, a população da capital abandonou suas atividades normais e correu para casa antes do anoitecer. A palavra de nosso analista.
Analista - Ao que tudo indica, as ações foram orquestradas de dentro dos presídios, graças ao acesso dos presos a aparelhos de telefone celular. É fundamental que as autoridades tomem atitudes enérgicas para coibir esse crime. Neste instante, a coisa mais importante a fazer é bloquear o sinal de celulares nas cadeias.

Foco de luz se apaga. Palco escuro. Áudio:

"Tá tudo errado, fogo cruzado
E a gente não consegue se entender
Porque não me telefona
Dê notícias de você
Liga ao menos pra dizer
Que o melhor é te esquecer"

Centro do palco. Luz verde-amarelada sobre homem de barba, vestindo terno. Fala dirigindo-se à platéia.

Homem (sereno)- Nesse momento de comoção e medo, a atitude mais correta nos parece o debate sereno. Tivemos longas e profundas conversas, ficamos à disposição para enviar ajuda. Nosso papel, nessa circunstância, é o apoio firme e resoluto às ações de manutenção da ordem, dentro da mais estrita legalidade.

Luz verde-amarelada esmorece. À esquerda, luz avermelhada sobre a Índia.

Índia (irritada e irônica) - Tudo bem, vai me ignorando, vai! Eu sei a hora certa de usar minhas armas, também. Você acha que eu estou criando caso, inventando uma crise só para aparecer e me aproveitar disso? E se for? Você vai ficar só bancando o papai-sabe-tudo, pra sempre?

Luz avermelhada esmorece. Palco escuro. Áudio.

"É a sua indiferença que me mata
É uma invasão, um nó dentro de mim
Coração divide em dois na sua falta
Uma parte é o começo a outra o fim"

À direita, um foco de luz branca incide sobre uma bancada de telejornal. O âncora dá a notícia.

Âncora - A seleção brasileira desembarcou ontem na Suíça, para quinze dias de preparação antes da estréia na Copa do Mundo. Vamos saber de nosso analista se o clima de "já ganhou" pode atrapalhar o Brasil.
Analista - Bem, amigos, o Brasil é sem dúvida a grande força, o inimigo a bater, o campeão que todos querem derrotar. A coisa mais importante, agora e no próximo mês, é manter nossa atenção constante na bola. Sem vaidades, sem intrigas: só a bola interessa!

Foco de luz se apaga. Centro do palco, luz verde-amarelada sobre homem de terno.

Homem (olhando para a platéia, bem-humorado) - Eles representam nosso orgulho verde-amarelo, são o Brasil vencendo lá fora, impondo seu estilo, marcando seu território. Com determinação e disciplina, ninguém derrota o Brasil! (baixando o tom de voz, como se revelasse um segredo) Estou falando da seleção de futebol, não da Petrobras, caso alguém não tenha entendido...

Luz verde-amarelada esmorece. Palco escuro. Áudio.

"É a sua indiferença que me mata
Que me mata, que me mata
Coração divide em dois na sua falta
Na sua falta, na sua falta"*

Luz avermelhada na esquerda.

Índia (serena, mas mantendo o tom irônico) - Isso, faz bem. Vai lá pro seu futebol. Quem sabe ele te faz esquecer do resto, quem sabe ele te faz esquecer de mim.

Fim do segundo ato.
*Indiferença, Zezé di Camargo e Luciano

Thursday, May 18, 2006

A mais mais

...



Pausa para uma notícia importante. Hoje, 18 de maio, é aniversário da Elza. Elza, Elzinha, Zinzin, minha mãe, a mais bonita, a mais elegante, a mais classuda, a mais mais de todos os tempos, como prova a foto de 1968, ano de seu casamento.

Feliz Aniversário!

Tuesday, May 16, 2006

Galinhas ou abutres?

Situações como as dos últimos dias - de confusão e medo em São Paulo - têm o poder de me emudecer. Jamais serviria para comentarista política de TV ou rádio, que exigem prontidão de opinião. Comigo, não. Uma coisa é dizer na lata que o time A está jogando melhor que o B porque seus laterais cumprem a função tática de atacar quando preciso e defender se necessário.

Tiros, fogo, rajadas, cadeia, PCC, comandante da polícia, secretário de segurança pública, governador, ministro, presidente formam um time bem mais complexo para que minha cabeça ou minha pena cuspa uma sentença imediata.

No fundo, eu talvez cale opiniões mais profundas porque tenho medo dos meus próprios sentimentos. Lembro que quando tinha onze, doze anos, rebeliões eram relativamente comuns na Casa de Detenção, não muito longe da minha casa, e eu grudava na TV e no rádio, querendo mais, e mais. Tenho medo dessa morbidez, e o treino da profissão não me apartou dela. Mea culpa, minha máxima culpa: enquanto pude, ontem, ouvi rádio AM todo o tempo, acessei sites noticiosos enquanto estive à frente do computador. Confesso, eu, pecadora: não estava atrás de orientação coisa nenhuma, estava atrás de notícia (talvez mais ataques, mais mortes, toque de recolher, estado do sítio!). E você, queria o quê?

Meu sentimento, hoje, é de constrangimento. Senti-me um abutre.

O 15 de maio paulistano, o 11 de setembro nova-iorquino, as rebeliões na Detenção, o shopping de Osasco que explodiu servem para muito pouco. Chacoalham nossa vidinha besta, discursamos bobagens para gente que mal conhecemos, nos indignamos e vociferamos contra entes etéreos, como o poder público, o sistema carcerário ou a justiça. Entramos em nossos carros, seguimos tocados como o resto do rebanho, corremos para casa como galinhas assustadas, como bem comparou o colunista Demétrio Magnoli, na Folha de hoje.

Depois, voltamos para nossa vidinha besta, sem tiros, sem mortes, sem toque de recolher.

É uma relação doente, admito. Quanto mais busco saber, mais me enredo na dificuldade de concluir um juízo próprio. Persiste, no entanto, o mesmo sentimento de falência social de ontem (a turba em fúria no Pacaembu), de anteontem (os meninos do documentário "Falcão", que a TV mostrou aos pedaços). Vivemos em uma sociedade cronicamente doente.

Friday, May 12, 2006

Evo, o mundo é um moinho - primeiro ato

Palco vazio. Escuro. À esquerda, um facho de luz avermelhada ilumina Índia, em pé, segurando uma mala em cada mão.

Índia (segura e serena) - Chega. Foram anos, décadas, séculos de exploração. Você, talvez seja apenas o último, o mais recente. Mas isso tinha que acabar. Já arrumei suas coisas. Vá embora ou me trate como acho que seja justo.

Luz avermelhada esmorece. Palco escuro. Áudio:

"Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar"


À direita, um foco de luz branca incide sobre uma bancada de telejornal. O âncora dá a notícia.

Âncora - O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem a nacionalização da produção de gás do país, ordenando a ocupação da sede da Petrobras. Vamos saber de nosso analista de política o que esse ato significa.
Analista - É uma atitude radical, baseada em promessas de campanha de um político populista, eleito presidente de um dos países mais pobres da América Latina. O ato revela a imaturidade de um líder despreparado, que parece desconhecer as proporções da crise em que pode mergulhar a Bolívia após essa decisão.

Foco de luz se apaga. Palco escuro. Áudio:

"Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és"

Centro do palco. Luz verde-amarelada sobre homem de barba, vestindo terno. Fala dirigindo-se à esquerda.

Homem (sereno)- Reconheço que você tem esse direito. É uma questão de auto-afirmação, soberania até, eu diria. Mas vamos conversar. Você sabe que depende de mim, que não vive sem mim.

Luz verde-amarelada esmorece. À esquerda, luz avermelhada sobre a Índia.

Índia (demonstrando irritação) - A verdade é que nossa relação nunca foi justa! Eu talvez dependa mesmo de você, mas isso não lhe dá direitos irrestritos sobre mim. Você não trata os outros como a mim! Na verdade, deixa-se explorar também pelos outros e parece concentrar em mim toda sua capacidade de explorar, e humilhar.

Luz avermelhada esmorece. Palco escuro. Áudio.

"Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó"


À direita, um foco de luz branca incide sobre uma bancada de telejornal. O âncora dá a notícia.

Âncora - Após a nacionalização, a Bolívia suspende os contratos com a Petrobras, exigindo reajuste nos valores praticados atualmente. A palavra do nosso analista político.
Analista - É uma afronta ao contrato firmado entre os países. O governo brasileiro precisa tomar atitudes enérgicas, no sentido de fazer valer os interesses de nossa multinacional.

Foco de luz se apaga. Centro do palco, luz verde-amarelada sobre homem de terno.

Homem (entre defensivo e resignado) - Eu não diria isso para os outros, mas devo confessar que estou me sentindo traído. Nunca me neguei a discutir nossa relação. Pelo contrário, dei-lhe todo meu apoio. Você radicaliza e me deixa sem alternativas...

Luz verde-amarelada esmorece. Palco escuro. Áudio.

"Preste atenção querida
Em cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés"


Luz avermelhada na esquerda.

Índia (resoluta, soltando as malas) - Talvez cheguemos a um acordo. Talvez eu só esteja mesmo fazendo isso para me afirmar. Talvez eu não tenha fôlego para ir além da esquina. Mas me responda: seria justo que continuasse tudo como estava?

Fim do primeiro ato.

Wednesday, May 10, 2006

Uma pergunta...



A nova direita vai torcer contra a seleção do Brasil, na Copa, como a esquerda fez em 1970?

Friday, May 05, 2006

A favela e a arquibancada



Muito prazer, meu nome é Elite e observo a favela daqui do alto, da janela do meu apartamento. Sei que lá tem uma maioria de gente honesta e trabalhadora. Fico chocada com a presença dos chefes do tráfico, sei que eles controlam e amedrontam a maioria, que se cala ou sai de perto. Fiquei em estado de pré-depressão quando conheci a realidade dos meninos do tráfico, naquele documentário que a TV passou. Acho que os criminosos devem ser punidos, que as desigualdades não justificam atos violentos, mas começo a achar que não podemos cuidar só dos efeitos, que precisamos entender e modificar as causas.

Muito prazer, meu nome é Elite e observo a arquibancada daqui do alto, da cadeira numerada. Sei que lá tem uma maioria de gente honesta e trabalhadora. Fico chocada com a presença dos chefes das torcidas organizadas, sei que eles controlam e amedrontam a maioria, que se cala ou sai de perto. Fiquei em estado de pré-depressão quando vi a multidão enfurecida, tentando invadir o gramado. Acho que os criminosos devem ser punidos, que as desigualdades não justificam atos violentos, mas começo a achar que não podemos cuidar só dos efeitos, que precisamos entender e modificar as causas.

que não podemos cuidar só dos efeitos, que precisamos entender e modificar as causas...
que não podemos cuidar só dos efeitos, que precisamos entender e modificar as causas...
que não podemos cuidar só dos efeitos, que precisamos entender e modificar as causas...
que não podemos cuidar só dos efeitos, que precisamos entender e modificar as causas...

Wednesday, May 03, 2006

Agüenta, coração!

Pronto, já fiquei ansiosa para ler o livro. José Miguel Wisnik prepara nos Estados Unidos um livro sobre futebol, com uma abordagem, parece, bem diferente daquilo que sempre lemos por aqui. O Idelber Avelar fez uma excelente entrevista com o Zé Miguel, que tem passado alguns meses em New Orleans. Vale a pena.