Tuesday, August 28, 2007

Feitiço do tempo

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Um assunto puxa o outro, e lá vem mais um, e assim me pus a pensar esses dias no ano de 1982. Quando falei dos vinte anos da morte de Didier Pironi, mencionei a morte de Gilles Villeneuve, em maio de 1982. Naquele ano, não morreu apenas Gilles, um dos mais adorados pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos, mesmo sem ter sido campeão mundial.

No dia 5 de julho de 1982, morreu também o futebol arte. A desclassificação da seleção brasileira na Copa da Espanha marcou definitivamente uma era, ou o fim dela. No lugar do futebol solto, que busca o gol, nascia o futebol força, a marcação acima de tudo, a defesa como dogma. Gilles era um pouco isso, nas pistas. Muito mais coração que cabeça, muito mais ataque que defesa.

Se nos fosse dado voltar no tempo e mudar o rumo da história, tenho certeza de que nove entre dez amantes de Fórmula 1 ou de futebol voltariam a 1982 para impedir a morte de Gilles e não deixar que Paolo Rossi fizesse o terceiro gol da Itália naquelas quartas de final.

Então, fiquei pensando se fosse possível reviver alguns dias determinantes da história do esporte mundial. Como no filme “Feitiço do tempo”, com Bill Murray e Andie McDowell, no qual um repórter de televisão se vê preso no tempo, sempre no mesmo dia, com a chance de fazer diferente o que fez na véspera. E escolhi três resultados que eu gostaria, ardentemente, de mudar. Na ordem cronológica, são estes:

Campeonato Paulista de 1987 – O Corinthians fez um começo de campeonato sofrível, na zona de rebaixamento, mais ou menos o que faz no atual Brasileirão. Pouco antes da metade do campeonato, começou a reação. Tínhamos uma dupla de artilheiros, Everton e Edmar, endiabrados naqueles tempos. O time se acertou, desandou a vencer jogos e a empatar alguns, a ponto de ficar 22 partidas sem perder. A fiel torcida adotou como trilha sonora, naquele ano, uma música infantil que fazia sucesso nas paradas, o tema do He-Man. “Eu tenho a força/ Sou invencível/ Vamos, amigos/ Unidos venceremos a semente do mal”. Fomos indo, indo, até chegar à final contra o São Paulo. Não deu. Lembro que, quando acabou o jogo, me fechei no banheiro e liguei o chuveiro para não ouvir o foguetório tricolor. Há outras finais e jogos decisivos, especialmente contra o Palmeiras, entalados na garganta corintiana. Mas este, pela circunstância, pelo mérito, pela recuperação, talvez tenha sido o meu título perdido mais sofrido.



GP do Japão de 1989 – Foram três anos de guerra de nervos, disputa acirrada, duelos estratégicos, até terminar em pura baixaria. Enquanto foram companheiros de equipe, em 1988 e 1989, Ayrton Senna e Alain Prost formaram a dupla de sonho e de pesadelo na McLaren. No primeiro ano, Senna venceu o campeonato mais ou menos em paz. Em 1989, era guerra. Ao final da competição, Prost em larga vantagem. Senna precisaria vencer as três últimas provas para ser campeão – Espanha, Japão e Austrália. Venceu na Espanha. No Japão, Prost liderava, Senna tentou tomar-lhe a ponta, foi fechado pelo companheiro de equipe. Os dois carros saíram da pista, Prost deu-se por satisfeito, saltou da McLaren e foi para o box. Senna implorou ajuda aos comissários, foi empurrado da chicane para a pista, voltou para a corrida, venceu a prova e acabou desclassificado, justamente por contar com ajuda externa. Passaram-se mais minutos que os habituais entre Senna cruzar a linha de chegada em primeiro e o pódio ser formado, com Alessandro Nannini aclamado como vencedor. O campeonato estava encerrado, com Prost garantindo seu terceiro título mundial. Se pudesse, eu gostaria de mudar esse resultado, que Senna fosse capaz de voltar à pista sozinho, vencendo (como venceu) e empurrando a decisão do Mundial para a última corrida, em Adelaide. Talvez viesse outro golpe baixo do francês, talvez Senna vencesse, talvez ele fizesse uma corrida ruim, quem sabe?

Campeonato Brasileiro de 1996 – Não era meu time na final, mas a Portuguesa de Desportos, a Lusa do meu pai, o segundo time de todos. Tinha feito uma campanha sensacional no Brasileirão daquele ano, chegando à final contra o Grêmio, que levava a vantagem do empate e de decidir em casa. Nos momentos antes do primeiro jogo da final, no Canindé, uma chuva colossal se abateu sobre São Paulo. Eu estava presa no trânsito quando o jogo começou e gritei sozinha no carro assim que o Gallo fez o primeiro gol da Lusa. Fui direto para a casa dos meus pais e lá chegando encontro meu velho candidamente lavando a louça do jantar. “Como assim? Não está vendo o jogo?”, quase gritei. Aquele totem de paciência e calma também tinha seus limites de estresse. Sabia que ficaria nervoso vendo o jogo, preferiu a companhia da esponja e do detergente. Pois eu fui para a frente da TV e pulei ensandecida quando a partida terminou com dois a zero para a Lusa. Na final, zero a zero seria nosso. Poderíamos perder até por um gol de diferença. Mas Paulo Nunes abriu o placar e Ailton terminou de soterrar nosso sonho. Dois a zero para o Grêmio, placar igual ao do Canindé, Grêmio campeão. Não me lembro da reação do meu pai, mas o totem certamente se manteve impávido. Eu chorei. Quem melhor escreveu sobre esse jogo foi Flavio Gomes, na crônica chamada “Carta ao Mané”. Meu pai morreu em 2000, sem comemorar um título da Lusa que não fosse aquela lambança do Paulista de 1973, quando a Portuguesa dividiu o título com o Santos, por um erro do juiz na contagem dos pênaltis. Se eu pudesse, mandava alguém marcar o Ailton, só para aquele segundo gol não sair...

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Agora, é com vocês. Que fato esportivo você gostaria de mudar? Não vale a Copa de 82 nem a morte de Gilles Villeneuve, que são hours concours.

32 comments:

Capelli said...

Eu não mudaria, de forma alguma, a final do brasileiro de 1996. Por motivos óbvios. :)

Foi uma das finais mais emocionantes da história do Grêmio, um gol aos 36 do segundo tempo, quando tudo já parecia perdido e o time fazia lançamentos desconexos em campo.

Vibrei como nunca naquele dia. E a Portuguesa valorizou muito a conquista, foi um adversário duro.

PS.: Nunca engoli aquele Alex Alves. Moleque metido e nervosinho.

Anonymous said...

Há Valdir Perez!! Bom ,mas se não vale,tudo bem.
Não evitaria nenhuma morte,vai que Deus castiga!

Eu voltaria em 1976,daria um jeito de evitar a contratação de David Baldwin e o F5 seria desenhado pelo Postlethwaite,(fez o Wolf de 77)os resultados mudariam por si.

E voltaria aos boxes de Willians e mandava o Piquet continuar a corrida na Australia em 86,seja o que Deus quizer!!!!

Jonny'O

Ico (Luis Fernando Ramos) said...

Eu faria com que o Pace e o Marivaldo desistissem de dar uma voltinha de aviao em 1977.

Pensei em mudar o "título mundial" do Corinthians, mas acho legal que ele exista para sublinhar o ridículo dos critérios de escolha dos participantes daquela competicao, meramente comerciais, tirando completamente qualquer mérito esportivo da disputa. O "oxo" da final foi o retrato da qualidade do torneio...

:-p

Anonymous said...

Eu não deixaria Senna ir para a Williams. Ainda tenho a sensação de que ele fez a escolha errada.

Unknown said...

Eu mudaria a cobrança de pênalti do Marcelinho Carioca na semifinal da Libertadores de 99. Tinha que mandar o bico no meio do gol, o Marcos não pegaria nunca. Naquele dia quebrei o controle remoto da TV de tanta raiva.


E um mais recente, a morte do jogador do Sevilla, tava vendo o jogo em casa e parecia que ele só teve um mal estar durante o jogo, nada de grave. Infelizmente não foi apenas isso.

Alessandra Alves said...

capelli: em termos de jogos emocionantes, vocês tricolores dos pampas não têm do que se queixar. e a disputa contra o palmeiras, pela copa do brasil (aquela do 5 x 1)? e a subida de volta para a série A? ser gremista é submeter-se a um teste cardíaco a cada seis meses!

sobre o alex alves... vou pular essa.

ico: primeira parte da sua resposta, concordo.

a segunda, deixa de rancor, rapaz. agora vocês já têm um igual ao nosso...

cy: pois é... e ele fez tanta força para ir para lá, né?

diego: essa libertadores eu deixei de fora da minha lista de propósito. assisti ao jogo inteirinho, apesar da preocupação da minha família. mas achei mais prudente não ver os pênaltis. motivo: eu estava grávida de nove meses!!! meu filho nasceu exatamente uma semana depois.

sobre a morte do jogador, eu li agora mesmo na internet. foi uma comoção e tanto. lembra o caso do serginho, do são caetano. aquele jogo eu estava vendo. que tristeza...
jonny´o: caramba! essa sua mudança na copersucar poderia ter gerado tantas mudanças no automobilismo brasileiro, hein?! quanto ao campeonato de 86, acho que todos os piquetistas têm esse campeonato entalado. como a williams foi perder aquele campeonato?!

Rodrigo Mattar said...

Eu mudaria a decisão da Fórmula 1 em 1986, o GP da Austrália. Se eu fosse Nelson Piquet, não trocaria os pneus e seguiria na ponta, vencendo a corrida para ser campeão do mundo.

Anonymous said...

Aquela polêmica manobra de Prost sobre Senna em 1989 foi um dos momentos mais marcantes prá mim, na Fórmula 1. O troco viria um ano depois. O curioso daquela cena é que Alain simplesmente sai do carro, enquanto Ayrton continua tentando voltar. Ocorre que o carro do francês estava inteiro, e o do brasileiro tinha o bico quebrado. Voltar junto à pista, portanto, daria ampla vantagem ao piloto No. 2 da Mclarem. Curiosamente ele realmente não quis tentar. Fico imaginando o que se passava em sua cabeça.

Anonymous said...

Ah...Muito bom... Eu mudaria mesmo com vontade e rápido... Brasileiro de 1995. Roubaram meu peixe. Mudava a copa de 86, aquele jogo contra a França. Se injustiça tem um nome então deve ser Carlos, pô o cara foi um grande goleiro e teve aqueles azares todos (bola nas costas etc...)E mudava a final do Campeonato Municipal de Handebol de 1987, em Franco da Rocha. Marquei 12 gols na final mas fui vice-campeão, por um misero gol...UM. Pode parecer que este fato não tem importância pra ninguém, mas eu sei o quanto doeu...Ah eu sei...
Um convite... Quer participar da FBUS Rio? Seria legal outra 'mocinha' pilotando um busão em alta velocidade. As f1 girls já mandaram a inscrição é a foto do busão. Até mais.

Celinho Boy said...

Nossa Alessandra, estou titubeante.
Mas vamos lá.

Vamos pelo mais recente. O da final da Libertadores contra o Boca Juniors. cmo queria que fosse? O Gremio perder mesmo por 3 A 0. E depois na final, depois de muia gente dizer contra, o Gremio meter 3 a 0, com um gol aos 49 do segundo tempo. Depois o riquelme dar uma cabeçada a Zidane num beque do Gremio e este ser expulso. Na prorrogação, vitória por 2 a 0. Um no início, outro no fim. Seria massa.

2005, que os 11 jogos anulados fossem reconsiderados. Quem sabe o Corinthians pudesse de fato se gabar como campeão brasileiro ao invés daquele roubo contra o arquirival colorado.

Volei feminino Atenas 2004, Uma das cinco chances do Brasil vencer a Rússia, te lembras? o brasil vencia por 24 a 19 perdeu o quarto set não me lembro por quanto. Assim certamente evitaria o constrangimento de perder o quinto quando vencia por 14 a 12 e perdeu por 18 a 16, uma coisa assim. Sei lá, que ele parasse duas, três vezes quanto fosse. Nesma mesma olimpiada, que o Cornelius tropecasse e assim teríamos quem sabe o Vanderlei recebendo o ouro, mas o bronze ainda assim foi bonito, emocionante.

2002, o Rubinnho ganhar aquela corrida em que ele deixou ultrapassar o Schumi na linha de chegada.

1995, o dinho e o arce acertar o pé contra o ajax naquela decisão dos penais. se acertassem, o grêmio seria campeão do mundo.

1994, o Senna não correr o GP de San Marino. Tava com cara de abatido, não tava com vontade de correr. Até parece que pressentia.

1986, o Zico acertar aquele penal contra a França.

1982, que o Grêmio fizesse o gol antes do Nunes naquela final no olimpico. Era dois timaços, em especial o Flamengo.

Bem é isso
Beijos Alessandra, és adorável e tem uma conversa agradável.

Celinho Boy said...

Alessandra, em homenagem a tua veia lusitana, gostaria que o javier castrillo não marcasse aqueles 2 penais inexistentes contra a Lusa naquela semifinal do Paulistão de 1998. Me comovi com o choro de criança do zagueiro Cezar do tipo "mas o que que eu fiz de mal".

Ou o ex-lusa Denner mudar de idéia e não ir de carro naquele dia que ele morreu.
Abraços, Alessandra

L-A. Pandini said...

Além de alguns já citados (especialmente o vôo do Moco e do Marivaldo em 1977), eu faria o seguinte:

- Estaria em Jacarepaguá em 1982 e impediria os mecânicos da Brabham de "furarem" o parque fechado antes da hora. Foi o pretexto que arranjaram para desclassificar Nelson Piquet, que fizera uma das melhores corridas de sua vida.

- Sabotaria o Lola-Buick de Piquet para que ele não funcionasse naquele 7 de maio de 1992

- Estaria em Le Mans para evitar (de algum jeito, não sei qual) o acidente que matou Christian Heins e o que feriu Fritz d'Orey

- E, saindo um pouco do esporte, juntaria milhões de brasileiros para defender a permanência de João Goulart na presidência da República em 1964, evitando o golpe de estado que causou tantas prisões, torturas, mortes, dor, separações, carreiras interrompidas.

Alessandra Alves said...

saco de gatos: como eu previ, intimamente, o final desse campeonato seria bastante lembrado.

degas: dá até para pensar besteira, né? por que prost estava tão seguro e preferiu não arriscar? será que o fato de o presidente da fia ser francês como ele lhe dava alguma certeza?

ron: aquela final de 95 foi uma das maiores seqüências de absurdos já cometida na arbitragem do futebol. e o autor voltaria dez anos depois, para bagunçar aquele corinthians x internacional...

onze gols??? pasmei...

quanto ao busão, estou fora. de corrida eu só participo se for a pé!

celinho: sua lista tem várias coisas que me fizeram lamentar, também. a copa de 86 foi sofrida, jamais esquecerei aquela disputa de pênaltis, nem o pênalti perdido pelo zico durante o jogo. mas é que aquela seleção, para mim, já não tinha o encanto da anterior. olhar aquele meio de campo com elzo e alemão me fazia sentir um frio na espinha. aliás, aquela copa tem uma das histórias mais mal conduzidas pela imprensa esportiva do brasil - os cortes de renato gaúcho e do lateral leandro. aliás, um dia ainda vou escrever sobre isso.

sobre o corinthians de 2005, concordo com você. o que me doeu fundo naquele ano foi aquele jogo final, a derrota para o goiás. se o corinthians vence aquele jogo, seria campeão independentemente dos pontos devolvidos pelo sveiter, ainda que pesasse a vergonha da péssima arbitragem no pacaembu, contra o inter.

e sobre a lusa, em 98: você tem toda razão. naquele dia vi meu pai mal-humorado como poucas vezes na vida. foi, de fato, um absurdo. e o dener, rapaz, que pena... uma das coisas que mais me impressionaram na morte do jogador foi a capa do estadão no dia seguinte ao acidente. o jornal teve a falta de delicadeza de publicar uma foto com o cadáver ainda dentro do carro, estrangulado pelo cinto. uma falta de respeito total.

pandini: boas escolhas no automobilismo. sobre o último item, embora a pedida fossem eventos esportivos, vou deixar passar. e acrescento: se, naquela época, houvesse a blogosfera, essa mobilização seria possível. será?

Unknown said...

cancelaria o GP de San Marino 1994...
evitaria duas perdas e um jovem todo esfolado...

Anonymous said...

Alessandra,
Se no último post eu te provoquei agora é a hora de relembrar algo que, provavelmente, deu muito alegria.
Mineirão, final de 98, primeira partida das finais do Campeonato brasileiro daquele ano. Primeiro tempo, 2 a 0 para o Cruzeiro em cima do seu Corinthians. No segundo tempo... ah Dinei. Custava colocar alguém para marcá-lo? Isso sem falar nas finais das Copas Mercosul e do Brasil, as duas perdidas para o Palmeiras. Que dureza...
No automobilismo daria um jeito de avisar a besta do mecânico da Brabham que esqueceu de trocar o motor de classificação pelo de corrida do carro reserva de Piquet, na decisão do campeonato de F1 de 1980, no Canada. E ainda daria um jeito de convencer o Piquet a assinar o contrato que teve em mãos para correr na McLaren a partir de 88. Aquela Lotus foi de lascar.
Mas fala sério Alessandra. Eu não me redimi daquela provocação?
Grande abraço.

Anonymous said...

Mudaria o resultado final do salto tripo nas Olimpiadas de Moscou. Dirigentes russo confirmaram muito tempo depois que roubaram a medalha de ouro de João do Pulo, anulando um salto que havia sido válido.

Triste exemplo da política prejudicando o esporte

Andre

valéria mello said...

Eu mudaria aquele jogo do Brasil com a França, na Copa 2006, aquela pasmaceira, Roberto Carlos ajeitando a meia. Na verdade, mudaria toda a participação do Brasil nessa Copa.

E mudaria o resultado do jogo das meninas do volei em Atenas. Perder depois de conquistar uma vantagem daquelas! E o pior é que elas continuam travando nos momentos decisivos, como no Pan e agora no Grand Prix.

Anonymous said...

Olha, Alessandra, eu mudaria a final do interclasses de futebol de salão de minha escola, em 1986... a gente tinha tudo para ganhar a taça (seríamos bicampeões) e um erro idiota do goleiro (eu...) pôs tudo a perder... :)

Alessandra Alves said...

daniel: sem aquelas duas mortes, talvez a fórmula 1 não tivesse se tornado tão segura como é hoje...

herik: totalmente redimido! ah, aquela seqüência de títulos brasileiros foi inesquecível. coincidentemente, as duas em cima de times mineiros. dinei no auge da forma (tanto que não escapou à g magazine...). vocês do ex-ipiranga realmente tinham uma sina esquisita de perder para o verdão, o que sempre me soou como temor reverencial, afinal é um filhote de palestra contra o original.

quanto ao piquet na mclaren, isso mudaria todo o rumo da história, né? aliás, o que passa com pilotos brasileiros que abrem mão de correr na equipe de ron dennis? barrichello também disse não, já nos anos 90...

andre dias: aquele final de guerra fria foi um estrago no esporte, né? aqueles boicotes, que coisa lamentável. e o nosso joão, teria um destino menos triste com a medalha de ouro? é provável que sim, né?

valéria mello: nossa, aquela copa de 2006 era melhor mudar inteira mesmo.

e o vôlei feminino, que o celinho tinha citado antes também, que geração fadada à prata essa, né? começo a achar que esse time não vai chegar ao ouro nunca...

ituano voador: não se martirize, rapaz. ser goleiro é isso mesmo. é estar no lugar onde nem grama nasce. não é seu caso, eu sei, porque no salão não nasce grama em lugar nenhum...

Celinho Boy said...

ah, e aquela semifinal de 96 em que as meninas perderam para cuba e uma das cubanas provocou as brasileiras e virou briga. se o brasil vencesse seria diferente?

me esqueci de 1998 e não bem explicada convulsão do fenomeno.

alessandra, vc mudaria o lugar onde pelé fez o milésimo gol, ou seja, ao invés de ser o maracanã, fonte nova(aquela que o zagueiro interceptou?)

tem bm aquela prova que os cartolas da f1 interromperam pretextamente por causa da chuva em 1984 em monaco. o senna ultrapassava todo mundo e tava se aproximando do prost.

alessandra, uma sugestão: que tal em breve citarmos fatos que se não fossem aquilo não teriam ocorrido. bjs

Anonymous said...

Se fosse para evitar alguma morte (s)em especial relacionada ao esporte, eu gostaria que aquele jogo na Europa que culminou com o pisoteamento de centenas de pessoas não tivesse acontecido. Mas não sejamos tão tétricos, falando só na atmosfera do esporte, gostaria que o Carlos Sainz não quebrasse a 500 metros antes da linha de chegada que daria o tricampeonato mundial de rallys a ele.....que baita sacanagem do destino!

Eloisa said...

Nossa por onde começar a copa de 98, o que foi aquilo, não gosto nem de lembrar daquela final patética;

a "mano de dios" do Maradona outra que eu apagava rapidinho;

avisaria o Villeneuve (Jacques) que a BAR não ia dar certo;

tirava da multidão aquele irlandes louco que atrapalhou o Vanderlei de Lima em Atenas;

Tiraria as Olimpiadas de Berlin em 1936 (mas pensando bem talvez não afinal aquela cena com o Jesse Owens no lugar mais alto do pódio é
única);

traria o andré agassi de volta às quadras;

Assim de cabeça esses....e não vou nem falar do corinthians senão ficava aqui até amanhã (mas manteria o famoso "imprestável" dito por Vicente Mateus)

Anonymous said...

Ah Alessandra! É só facilitar que você "munta" em cima, né? Não vem com essa história de ex-Ipiranga. Até parece torcedor do Atlético (ops... 5x2).
E não tem nada de temor reverencial em relação ao Palmeiras. O que aconteceu naquele ano foi um fenômeno muito estranho chamado Le"vice" Culpi. Acho que foi uma compensação por causa da Copa do Brasil de 96. E você verá no próximo final de semana o quanto o Palmeiras é "temido".
E essa história do Piquet na McLaren... eu não consigo imaginar que rumo a carreira do Senna tomaria, ainda mais considerando que ele nunca escondeu que só se interessava em correr pela equipe com o melhor carro.
Oito abraços - um para cada gol - mineiros.

Alessandra Alves said...

celinho: sobre o milésimo gol, eu não mudaria, não. um evento desses merece um grande palco, o maior palco, você não acha, não? engraçado é que conta que o zagueiro foi vaiado pela própria torcida, né?

sobre o gp de mônaco de 84, o ico escreveu um texto primoroso recentemente. dá uma lida, depois me diz o que você achou.

adorei sua idéia sobre o que era sem nunca ter sido. vou dar tratos à bola e qualquer hora posto.

gustavo: nossa, que bem lembrado esse episódio do sainz! eu trabalhava na folha no auge da carreira dela. era senna na fórmula 1, sainz no rally.

eloisa: na copa de 98 eu não mexeria. peguei um bode federal daquela seleção. mereceram cada um dos três gols.

o gol do maradona eu também não mudaria. acho emblemático da cara de pau dele.

o jacques era uma boa medida, se não fosse para a BAR. taí um piloto que eu gostaria de ter visto mais tempo com bons carros.

a maratona do vanderlei foi inacreditável, mas ele entrou tão feliz no estádio, com aquele terceiro lugar que, sei lá, me ensinou algumas coisas, como aceitar tudo o que acontece. tremenda prova de resignação dele...

herik: hahahahaha sabia que você ia se morder pelo ex-ipiranga. é isso mesmo, é coisa de atleticano. aprendi isso com o idelber avelar, do blog "o biscoito fino e a massa", linkado aqui ao lado.

apesar de ser alvi-negra, não torço pelo atlético. torço pelo corinthians, e já é sofrimento o bastante. tenho, digamos, uma leve simpatia pelo galo, menos relacionada à questão cromática e muito a uma antiga paixão, talvez minha primeira grande paixão: o ponta-esquera éder aleixo...

Anonymous said...

Alessandra

Mudaria os resultados dos jogos das oitavas de final da Libertadores deste ano entre São Paulo e Grêmio a Final entre Inter e São Paulo na Libertadores do ano passado as semi finais contra o Once Caldas em 2004, não deixaria o Amoroso, o Lugano, o Fabão ,o Mineiro e o Autuori sairem do São Paulo e não deixaria que Luiz Zveiter anulasse os 11 jogos do Brasileiro de 2005, anulação que tirou o titulo do Internacional e deu ao Corinthians.

Anonymous said...

1) No caso, não mudaria, mas manteria o esquema de dois zagueiros do Palmeiras, não três, contra o São Paulo. Maldito Caio Jr...

Mas, falando sério, agora. Procurei evitar o que os outros contaram, mas se eu pudesse mudar alguma coisa, faria algo para evitar o acidente do Alessandro Zanardi, uma das cenas mais fortes que já presenciei em minha vida.

Speeder76 said...

Ui, Alessandra... tanta coisa! Mas escolho duas, pois estas afectam-me em particular, como português que sou:

- Eu gostaria de voltar a 2000 para convencer o então presidente do Benfica a ficar com José Mourinho. Todos os títulos que ele ganhou ao serviço do F.C. Porto seriam certamente nossos. Podes crer!

- Mudaria o resultado da final do Campeonato da Europa de 2004. É verdade: mandaria alguém vigiar aquele jogador grego, o Charisteas, naquele canto, para que evitasse marcar o golo que nos tirou aquela Taça...

Que mais?... Fazia com que o Lamy estivesse doente naquele dia de Maio de 1994, que era para não testar aquele Lotus em Silverstone. Era um bom pricípio...

Um beijo, Alessandra, do Outro Lado do Atlântico. E és sempre bem vinda ao meu blog!

Anonymous said...

Eu mudaria a história do rodeio de Cahyenne (Wyoming) disputado no dia 30 de julho de 1989, quando morreu Lane Frost.
Quem quiser saber mais, acesse: http://www.lanefrost.com

Unknown said...

Eu mudaria o resultado de Donington Park em 1993. Aquela foi a maior corrida da vida do brasileiro, mas não me refiro a Senna e sim a Barrichello. A maneira como ele guiou na chuva foi encher os olhos, colocando sua raquitica Jordan pra disputar com as Williams de Prost e Hill. Iria chegar em terceiro, o que seria grande feito, dada as limitações de seu carro. Quando lembro daquele Barrichello não consigo entender o rumo que carreira dele tomou. Mas naquele dia ele foi o melhor piloto do grid. Até hoje eu não sei qual foi o problema que o tirou da prova nas voltas finais, já ouvi falar de pane hidraulica e de falta de combustivel. Alguém por favor esclareça! Saudades daquele 11 de abril em que eu ainda ganhava ovos de chocolate de pais e padrinhos!

Alessandra Alves said...

vinicius: eu até torci pelo inter naquela libertadores. por uma questão de justiça, pelo que aconteceu no brasileiro de 2005, achei que s gaúchos mereciam ganhar, embora eu não tenha nenhuma simpatia pela dupla gre-nal.

vicaria: o acidente do zanardi foi pavoroso mesmo, e eu lamento muito. mas a lição de superação que ele deu para o mundo foi show, né?

speeder _76: ó, patrício, concordo contigo sobre a eurocopa 2004. título mais do que lamentado aquele, ainda mais por ser disputado em terras lusitanas. dois anos depois, portugal me deu grande alegria ao vencer a inglaterra nos pênaltis, na copa de 2006. chegar entre os quatro foi uma estupenda vitória, concorda?

cowboy: vixe, não manjo nada desse tema. mas se você falou...

sidinei: inesquecível donington... muito bem lembrado o desempenho do barrichello. lembro-me vividamente dessa corrida e dos relatos dos amigos que lá estiveram. lembro, por exemplo, do flavio gomes comentando sobre a súbita fama adquirida por barrichello depois dessa prova. e lembro do pandini comentando que a ferrari ofereceu ovos de chocolate a seus convidados. vou pedir ajuda ao pandini para esclarecer sua dúvida, OK?

Anonymous said...

Alessandra

Quanto a sua torcida pelo Inter na final da Libertadores, acredito que mesmo assim você iria torcer pelo Colorado(rs)

Mas confesso que não fiquei chateado pelo Tricolaço ter perdido a Final, embora quisesse mudar o resultado e de torcer para o Grêmio no Rio Grande do Sul( dia desses,explico o motivo) por 2 motivos:

1 - o Colorado tinha naquele ano um Timaço, tão bom (até melhor) que o São Paulo, Tinga(que alias deveria fazer dupla com o Graaaande Mineiro na seleção(por que o Dunga não convoca os dois juntos?), Fernandão, Fabiano Eller, Jorge Wagner, Rafael Sobis e ainda podia se dar ao luxo de ter Renteria no Banco de Reservas, aliás por onde anda ele?)

2- Aquela Final foi uma das melhores partidas de Libertadores que eu já vi em toda minha vida( e olha que só tenho 20 anos!) onde o São Paulo teve que buscar 2 vezes o empate e quase consegue a virada.


Fiquei triste pela derrota, mas sai satisfeito com o jogo, pois vi uma das maiores partidas de Libertadores, e o Inter merecia ganhar o titulo da Libertadores e também o verdadeiro Mundial de Clubes da FIFA em cima do Barcelona.


Só para encerrar, mudaria também os resultados da Final da Libertadores de 94 ( onde o juiz não marcou um pênalti a favor do SPFC),do verdadeiro Mundial em 99 (onde não deixaria o Marcos dar aquel salto) e do Falso na fase de grupos entre Corinthians e (creio eu) Raja Casablanca onde um dos gols do Corinthians, não aconteceu(a bola não ultrapassou totalmente a linha do gol) e que classificou o Corinthians pra a final.


Até Mais

Anonymous said...

Eu teria apagado o fim de semana do GP de San Marino de 1994 ... teríamos Senna por mais alguns anos pentacampeão do mundo e absoluto, Ratzenberger ainda estaria entre nós e Barrichello não teria perdido seu ímpeto depois da estampada que deu no muro...