Tuesday, January 01, 2008

São Silvestre, Ano 2

Tudo diferente, tudo tão igual. O lado bom de fazer uma mesma corrida pela segunda vez é ter parâmetros para comparar. O lado ruim é antever os pontos críticos e domar a ansiedade por superá-los. Há ainda um terceiro ponto – o imponderável, que faz com que uma corrida seja ao mesmo tempo tão diferente e tão semelhante à prova disputada no ano anterior.

São Silvestre 2006 x São Silvestre 2007, as diferenças.

Solidão, que nada...

A primeira – e talvez mais marcante: não estou só. No ano passado, correr a São Silvestre foi, sobretudo, um grande exercício de solidão. Fui sozinha para a região da Paulista, deixei meu carro no prédio do escritório, caminhei sozinha até a largada, alonguei e aqueci sem trocar palavra com ninguém, pois não conhecia nenhuma das mil e poucas mulheres que dividiam o espaço da avenida comigo.

Corri sozinha, literalmente sozinha em alguns trechos, pois a prova feminina tinha proporcionalmente tão poucas atletas que era comum olhar à volta e não ver ninguém ao meu lado. No ano passado, aqui mesmo no blog, escrevi este trecho: No fim do Minhocão, sem prédios ao redor, um silêncio solitário, quase triste.

Ontem, nada de solidão. Parte da equipe Conexão participou da prova e combinamos de nos encontrar antes da largada. Em uma paralela da Paulista, no lugar marcado, lá estávamos: Henry, Zoca, eu, Fábio, Lara, Ammar (com dois amigos), além do Marcio, namorado da Lara que mora ali pertinho. Fomos até o prédio dele e lá nos alongamos, tentando lembrar a seqüência de exercícios que nosso técnico Zé nos passa. Zé está em férias, não pôde nos acompanhar. E nenhum de nós levou câmera fotográfica, até porque ninguém quer segurar máquina e correr a São Silvestre ao mesmo tempo.

Gente, muita gente

A organização da prova, desta vez, dividiu a largada em trechos determinados pelo ritmo dos corredores. À frente, deveriam ficar os que correm cada quilômetro em 4min30. Logo atrás, quem faz o mesmo trecho com tempo de 5min, e assim sucessivamente. Bem, valeu a tentativa, mas a São Silvestre não é uma corrida como outra qualquer. Há quem chegue lá antes do meio-dia só para largar na frente, ainda que tenha tempos miseráveis.

E o povo vai chegando e se acomodando, alguns vestindo fantasias, carregando faixas ou imagens de santos, e poucos pareciam se importar com os banners que indicavam o ritmo ideal para aquela localização na largada. O início estava marcado para as 16h45. Nosso encontro, antes do alongamento, foi às 16h. Ou seja, chegamos à largada quando faltava menos de meia hora. Nesse panorama, simplesmente, era tentar se acomodar no meio da multidão, sem chance de localizar o trecho ideal. Se, no ano passado, eu achei a prova vazia, ontem eu soube o que é gente, muita gente.

Outra diferença: o horário. Em 2006, a prova feminina largou às 15h15. Teoricamente, um horário mais sacrificado, em função do calor. No entanto, a prova do ano passado foi disputada com tempo bem mais ameno que ontem. Além de tudo, choveu à beça em 2006. Ontem, apesar de largar mais tarde, o calor estava muito, mas muito mais forte, e não choveu. Pelo menor número de inscritas e pela chuva, senti saudade da prova de 2006.

Vinte mil atletas, homens e mulheres misturados, aquele famoso mar de gente. Claro que, diante desse quadro, não dá para correr em ritmo forte no início da prova. Do momento da largada até passar pelo tapete que registra a passagem de cada corredor, levamos mais de nove minutos. Até aí, sem problema, pois o tempo não é registrado enquanto não se passa pelo tapete. A encrenca começa na passagem, quando o tempo já está sendo registrado e a muvuca ainda é imensa ao redor. Se, em 2006, eu já estava livre e solta no final da Paulista, com pista livre à minha frente, desta vez só consegui ter um pouco mais de espaço – pasmem! – no viaduto da avenida Pacaembu, ao lado do Memorial da América Latina, portanto, depois do quilômetro sete e meio. Portanto, com mais de metade da prova cumprida.

Calor de sauna a vapor

Se, psicologicamente, a ausência de solidão foi a maior diferença entre 2006 e 2007, fisicamente o contraste se deu na temperatura. Especificamente, em um trecho da corrida, o final do Minhocão. Foi ali, no ano passado, que senti quase um deserto de concreto à minha volta, unindo-se ao cinza das nuvens que não tardariam a desaguar. No texto de 2006, escrevi: E as nuvens de um negrume renitente. O dia ficou noite. Quando virei no Largo Padre Péricles, ela chegou. Grossa e quente, uma chuva-benção.

Pois ontem, foi exatamente ali que senti toda a diferença. Um mar de cabeças à minha frente, um sol pra cada um, o ar abafado, parecendo se adensar à nossa volta, qual névoa quente de uma sauna a vapor. Meu recorde de dezembro, fazendo 10 km em 49min cravados, naturalmente já tinha ido pro vinagre. Condições diferentes, claro. Mais quente, muito mais gente, e sem o estímulo do “grilo falante” que me empurrou na prova anterior.

Mesmo com essa ausência, lembrei muito das orientações do técnico Zé Eduardo e do colega Henry, que puxou meu ritmo na prova do recorde. Esquecer um pouco o relógio, aumentar o ritmo quando tivesse oportunidade, reduzir quando me sentisse ofegante, inclinar um pouco o tronco para frente nas subidas, beber pouca água durante a prova. Com meia corrida a superar, e bem acima da minha melhor marca, procurei me concentrar em aumentar o ritmo o quanto fosse possível, aproveitando a pista um pouco menos lotada, e tentar melhorar o tempo do ano anterior.

São Silvestre 2006 x São Silvestre 2007, as semelhanças.


<<< Em casa, antes de sair para a prova

Adrenalina e emoção

Isso já deu para perceber que é sempre igual. Correr a São Silvestre é diferente de fazer qualquer outra prova. Há corridas que ocupam lugares especiais no meu coração – a prova do Barro Branco, a do Centro Histórico, a do Ipiranga – por motivos diversos. Em todas, fico ansiosa pela largada, obstinada pelo resultado, ou seja, com a adrenalina alteradíssima. Na São Silvestre, há tudo isso, mas um componente especial: a emoção. Indo para a Paulista, acho que me sinto mais emocionada que “adrenada”.

Fazer o percurso a pé, entre o prédio do escritório e a avenida, cruzar com outros competidores, trocar sorrisos e leves acenos de cabeça, como se fôssemos todos membros de uma irmandade são hábitos prosaicos que reforçam minha alegria por estar ali. Ontem, quando encontrei a turma, comentei esse sentimento com alguns deles e vi que não estou só. Depois da largada, com foco total na corrida, com o sacrifício imposto pelo percurso e pelo calor, a emoção fica dormindo em algum desvão da mente.

Mas é só virar a Brigadeiro e entrar na Paulista que ela dá as caras. Com pouca gente ou cercada pela multidão, às quatro e meia da tarde ou às seis, já percebi – é sempre reconfortante voltar à Paulista e terminar a São Silvestre, é sempre um convite a agradecer pela vida, pela saúde, por mais um ano, por mais uma corrida. Nessa hora, cumprimenta-se quem está ao lado, seja quem for. A vontade de compartilhar é imensa e, afinal, somos todos ali, de fato, todos da mesma irmandade. Da Paulista, vamos para festas familiares ou baladas, cada um escolhe seu programa. Mas tenho a impressão de que a apoteose de Réveillon, para o corredor, é cruzar a linha de chegada da São Silvestre.

Loucuras de uma tarde de verão

Coloque quarenta mil pernas pelas ruas do centro de São Paulo, em um final de tarde de calor, e as histórias só poderão mesmo se multiplicar. Algumas curiosas, outras tristes, a maioria, inusitada. Triste deve ter sido para a moça que caiu ao nosso lado na descida da Consolação. Estávamos, eu e o Fábio, na pista da esquerda, quando a coitada tropeçou e foi ao chão. Logo alguns colegas se apressaram em ajudá-la, seguimos adiante, sem saber se ela conseguiu fazer o mesmo.

Um pouco mais à frente, um grupo de corredores-animadores arrancava gritos da platéia. Vestidos com roupas de super heróis (imaginem o calor!), carregavam uma bandeira do Corinthians, sendo aplaudidos por muitos e vaiados por outros tantos. Nas ruas da Barra Funda, a velha solidariedade dos moradores. Mulheres com mangueiras refrescavam os atletas. Alguns, exauridos, lançavam-se sôfregos a beber diretamente do jato. Fico pensando se aquela água estava um pouco menos quente que a servida aos atletas pela organização. No terceiro posto de água, radicalizei. Em vez de pegar um copinho, me apossei de um pequeno bloco de gelo. Lógico que não era água filtrada mas, que se dane...

Na avenida Rio Branco, uma atração à parte. Um atleta corria com seu cachorro. E sem coleira! O animalzinho era uma flecha, magrinho feito um queniano, alvi-negro como um sofredor, mas se distraía com os acenos da multidão e com os salgadinhos jogados no chão pelas crianças. O totó mordia a isca, e lá vinha o dono, de volta pela avenida, para colocar o cachorro novamente na rota.

Brigadeiro who?

Apesar de ter disputado apenas duas vezes a São Silvestre, já fiz o percurso três vezes, pois há alguns dias a equipe fez um treino de reconhecimento, no domingo pela manhã. Quanto mais corro nesse trajeto, mais me convenço de que a tal “subida da Brigadeiro” é muito mais mito que desafio. Sim, sobe, muito, mas não é o pior trecho da prova.

A São Silvestre é uma corrida dificílima, cruel em um sentido: desce praticamente tudo o que tem de descer na primeira metade da prova, deixando o trecho final com a tarefa de escalar novamente o morro. Quando se chega na Brigadeiro, faltam cerca de dois quilômetros para o fim da prova. A subida é precedida de uma forte descida, no viaduto que leva o mesmo nome, e de um trecho quase plano. Os últimos metros da Brigadeiro também já são quase planos. Sobe, sobe bem, mas antes disso já se subiu muito também, como no viaduto do Memorial, no impiedoso viaduto que liga as avenidas Rudge e Rio Branco, na própria Rio Branco e no curto, porém sacrificante Largo São Francisco.

A Brigadeiro tem, a seu favor, um componente psicológico fundamental. “Quem chegou até aqui, agora vai até o final”. É um turbo poderoso esse pensamento, tanto que, mesmo depois de subir a ladeira, quase todo mundo consegue dar seu sprint final na Paulista.

E não é que estou subindo a decantada Brigadeiro quando me vejo atrás de dois atletas de Cerquilho?! Atletas de Cerquilho são quase um patrimônio da São Silvestre. Estão sempre lá, com camisetas e/ou faixas. Mesmo subindo, não resisti ao gracejo: “Ê, Cerquilho, agora minha corrida ficou completa!” O colega, que nunca vi mais sarado, responde orgulhoso: “É isso aí, e esse ano trouxe meu filho junto!”. Daí, me animei: “Você conhece Gê Tock, lá de Tietê?” Conhecia, claro. Quem não conhece meu amigo Gê Tock, de Tietê? Quinze quilômetros, quarenta mil pernas. E eu encontro o amigo do amigo...

///

Ao fim e ao cabo, não consegui melhorar o tempo do ano passado. Em 2006, fiz em 1h22min53. Este ano, completei em 1h23min15 (384ª na categoria feminina, 63ª na minha faixa etária). Em um primeiro momento, achei que tinha conseguido fazer em 1h20, mas meu cronômetro zerou em um dos postos de água e tive de recomeçar a contagem. Devo ter perdido o fio da meada, mas não estou frustrada, principalmente pelo calor e pelo número de inscritos. No ano passado, a prova feminina teve 1.327 inscritas. Este ano, corri junto com outras 20 mil pessoas.

Assim que tiver mais fotos, daquelas que são publicadas pelos sites especializados, prometo postar aqui.

Agora, sim, vou me despedir para minhas férias. A blogueira tira uma semana a partir do dia 2, retornando às atividades bloguísticas na segunda quinzena de janeiro.

Obrigada pelos votos de boa sorte, pela companhia e feliz 2008 a todos vocês!

20 comments:

Anonymous said...

Parabéns, Alessandra! E parabéns, GALO, bicampeão da São Silvestre :-)

Alessandra Alves said...

idelber: obrigada, professor! que sacada essa, hein, de tripudiar em cima do clube do frank caldeira, o ex-ipiranga...

Andréa said...

Linda! Parabéns! E boas férias!

Alessandra Alves said...

andréa: obrigada, querida, até a volta!

Anonymous said...

Valeu Alessandra

Anselmo / São Bernardo do Campo

Anonymous said...

Ale! viajei nas suas descrições como se lá estivesse!!!! Boas férias e mais um ano com novos desafios ... e, claro, parabéns pela prova! Beijos ...

valéria mello said...

Parabéns pela corrida, um ótimo 2008 e aproveite suas férias!

Anonymous said...

Alessandra,

Parabéns por ter completado este percurso tão desafiador com um bom tempo.
Sobre a atitude atleticana... não foi só uma provocação ao atletismo vitorioso do Cruzeiro. Mas um desserviço ao esporte nacional. Comprar pódium uma boa sacada?
Pq não montam uma equipe e vão competir com os atletas do Cruzeiro? Aí sim seria motivos de elogios por parte de uma atleta e desportista como vc!
O atletismo brasileiro necessita de apoio financeiro e estrutura, não de oportunismos como esses, ainda mais pagando a estrangeiros pra levantarem sua bandeira em podiuns.
Já pensou se tomarem gosto pela coisa? Deveriam ter dado grana tb pro Milan e SPFC pra levantar esta famigerada bandeira do galo nos seus podiuns... assim seriam campeões brasileiros e mundiais em 2007! hahaha, faz-me rir!
Isso é carencia de títulos e imcopetencia.

Anonymous said...

Valeu Alessandra ,pelo jeito a prova não foi nada facil ,mas nossa querida heroina não decepcionou e finalizou a corrida ,parabéns!

Mas uma coisa achei um pouco estranho ,esse negocio das mulheres largarem muito antes deve ter deixado o publico que estava nas ruas um pouco confuso,além de dificultar a visão do lider ,procurando pelo seu adversário ,isso não pode atrapalhar a estrategia?

Jonny'O

Unknown said...

Ale, parabéns pela São Silvestre e Feliz 2008!

Acho que fui vítima do calor e quase não consegui terminar a prova. Passei direto pelos primeiros postos de água achando que não ia precisar mas depois percebi que devia ter me hidratado melhor. O engraçado é que eu estava me sentindo bem até o final da Avenida Rudge. Depois dela a energia foi acabando até que, na metade da Brigadeiro, tive que seguir andando até a Paulista. Pelo menos consegui resgatar um pouco da força para cruzar a chegada correndo.

Pena você ter ido embora senão me veria de camiseta molhada (não pelo suor mas pelos vários copos de água derrubados para aplacar o calor).

Esse ano tem mais...

Abraços,

Henry.

Anonymous said...

olá dona alessandra, saudações tricolores! um ano depois volto a este espaço em busca da são silvestre que nunca corri, relembrando sua narrativa da prova de 2006 - sem dúvida dos mais empolgantes textos que já li. parabéns pela corrida, pelo tempo e pela garra. aquele calor todo, nem o caldeira aguentou. ao nível do mar, a beira da piscina, pela tv, lambrusco branco muito gelado a mão, torcemos muito por vocês todos, verdadeiros heróis do nosso reveillon. feliz 2008!

Anonymous said...

Ah, se o despeito matasse, a Lagoa da Pampulha só teria um lado...

1) o atletismo "vitorioso" do Cruzeiro nunca venceu a São Silvestre. Coisa já feita pelo Galo. Claro que não espero que o amigo saiba quem foi João da Mata.

2) O Atlético não "pagou para que eles levantassem a bandeira". Patrocinou-os antes da corrida, o que é bem diferente. Apostou neles. Só isso. E o dinheiro não veio do tráfico de drogas, diga-se.

3) Pagar a estrangeiros para levantar um título? Uai, aquele tal de Sorín é cidadão de onde? De Pindorama?

4) O Atlético não precisa pagar Milan e SPFC. A última vez que o Milan veio ao Brasil, foi eliminado do torneio pelo Galo e bateu o Cruzeiro. Última derrota do campeão São Paulo para um time de fora dentro do Morumbi? Galo. Maior goleada do São Paulo sobre um time do CLube dos 13? São Paulo 5 x 0 ex-Ipiranga.

5) Sobre a "carência" de títulos, cheque a Placar de Novembro, que contabiliza os títulos dos times brasileiros. Galo em primeiro lugar, com 49 canecos oficiais.

Incompetentes? Um pouco, talvez. Se fossemos melhores, não estaríamos ganhando campeonatos em cima do Cruzeiro com goleadas de "apenas" 4 x 0. Elas seriam até maiores.

Saudações alvi-negras, Alessandra.

Anonymous said...

Atleticano é assim mesmo!

Comemoram vitorias e títulos inespressivos como grandes conquistas. A referida vitoria sobre o Milan e conquista da tal copa centenária foi tão valoroza que o Cruzeiro a disputou com um time B, porque o principal disputava a libertadores de 97. Que aliás conquistou aí o Bi-campeonato (eu estava lá presente no mineirão). Já o galinho pra somar tantos canecos deve tá comtabilizando a "groriosa" taça do gelo, a da segundona e a taça que ganhou no Vietinã.Tenho 33 anos e nunca vi seu time ganhar nada de expressão nacional e internacional (pois em 71 nem era nascido, vc era?).
Comemore e grave mesmo pois ganhar de 4X0 do Cruzeiro é como o cometa Harley só de 76 em 76 anos. Pq no campeonato brasileiro de 2007 demos duas sapatadas em vcs com direito a virada e drible da foca!
Chora... não vou ligar...

Anonymous said...

Cruzeirense é assim mesmo. Os títulos que ganham são os mais importantes do mundo. Os que perdem disputaram com time B. Dê uma olhada em quem entrou em campo na sapatada que levaram do Galo na Copa Centenário.

4 x 0 de 76 em 76 anos? Não. De 76 em 76 a gente mete 9 x 2, o que o Cruzeiro nunca fez. 4 x 0 é coisa de toda década. Dê uma conferida aí. Dica: um certo hexacampeonato, título que o ex-Ipiranga também não tem.

Títulos internacionais do Galo desde que você nasceu?

1977 - Campeão do Torneio de Vigo (Espanha)
1980 - Campeão do Torneio Costa do Sol (Espanha)
1982 - Campeão do Torneio de Paris (França)
1982 - Campeão do Torneio de Bilbao (Espanha)
1983 - Campeão do Torneio de Berna (Suíça)
1984 - Campeão do Torneio de Amsterdã (Holanda)
1990 - Campeão do Torneio de Cadiz (Espanha)
1990 - Campeão do Torneio Ramón de Carranza (Espanha)
1992 - Campeão da Copa Conmebol
1997 - Campeão da Copa Centenário de Belo Horizonte
1997 - Bicampeão da Copa Conmebol
1999 - Campeão da Taça Millenium (Estados Unidos)
1999 - Campeão da Three Continent`s Cup (Taça dos Três Continentes)

Se você não viu nenhum, problema seu (não viu a Placar de novembro também não?). Dê um pulinho em Madri, Londres, Paris ou Amsterdã e descubra quem é mais conhecido por lá.

Ou descubra o que representava um Torneio de Paris em 1982, ou um Ramón de Carranza em 1990, ou uma Conmebol em 1992. São só os cruzeirenses que nunca saíram do Brasil que dizem essas bobagens, tentando fazer pouco das conquistas alheias. Deve ser por isso que pelas contas do próprio Cruzeiro vocês tem TRINTA vitórias a menos. Trinta. Maior diferença de vitórias de um clássico brasileiro.

Mas claro, não vou achar que alguém que escreve "inespressivos", "valoroza" ou "Vietinã" vá saber disso.

Anonymous said...

Nossa!
Agora me convenci que o "grorioso" campeão do gelo e da segundona realmente tem tradição internacional. Faz-me rir, torneios de verão e de pré- temporada européia, valorizadíssimos! Conmebol...ahaha, segundona da libertadores. Tão renomados que os grandes clubes do Brasil e Sulamericanos sonham em disputa-los.
Passaram 7 anos de jejum e pq ganharam o ruralito tão se achando. Cem anos comemorando vitórias esporádicas e títulos inexpresivos.
Não é atoa que a China azul é a maior de Minas conforme o Datafolha comprovou mais uma vez...
Já disse, chora... não vou ligar...

Anonymous said...

Olha, jean, eu não vou continuar com isso aqui, porque, em primeiro lugar, a Alessandra é minha amiga e não quero armar barraco na casa dela. Passei aqui para dar os parabéns a ela e fui atacado. Em segundo lugar, não valeria a pena continuar porque vai ficar humilhante para você: como se nota pelos seus comentários, você é semi-analfabeto, em gramática e em futebol. Como eu disse, se quiser saber se os Torneios de Paris, Vigo e Amsterdã são considerados, dê um pulinho nessas cidades e pergunte. Sabe qual é o problema de vocês? Obsessão e complexo de inferioridade com o Galo. O Galo, quando ganha, comemora com sua famosa torcida. Vocês, quando ganham, sentem necessidade de desfazer dos outros e destilar ódio. A nossa grandeza não depende da negação dos méritos alheios; ela se mantém por si só. O Cruzeiro tem, sim, grandes conquistas. Mas enquanto não superar esse complexo, não vai ser grande de verdade. Os grandes não precisam tripudiar dos outros. Você veio falar do atletismo, eu mostrei o título da São Silvestre que vocês não têm. Você calou, passou ao insulto. Falou do 4 x 0 de "76 em 76 anos", eu lhe mostrei que é rotina para nós. Você calou e passou ao insulto; disse que o Galo não tem títulos internacionais, eu listei vários, das cidades mais importantes da Europa, que você provavelmente não saberia nem localizar no mapa. Você calou e passou ao insulto a elas, com a arrogância da qual só são capazes os verdadeiros caipiras. Não estou chorando -- estou é rindo da sua ignorância.

PS: Tente escrever "inexpressivo" de novo. Quem sabe da terceira tentativa você acerta.

Anonymous said...

E desta vez, pode insultar à vontade, jean, não haverá tréplica. O baile já foi dado. Querendo aprender um pouquinho mais sobre ortografia, história do futebol ou respeito aos torcedores de outras agremiações, passe lá no blog. Será muito bem tratado, como o são os muitos amigos cruzeirenses que comentam por lá.

Alessandra Alves said...

anselmo, maggie, valéria: obrigada, ótimo 2008 para vocês também.

jonny´o: não se você se lembra, mas até o início dos anos 1980, não havia a divisão das provas masculina e feminina. um dos motivadores para a criação da prova feminina foi um incidente com a portuguesa rosa motta, multi-vencedora da são silvestre, que foi derrubada por um atleta no início de uma prova. o fato é que a prova feminina sempre foi um evento menor e, cá entre nós, muito mais "sério". em geral, atletas, mesmo amadoras, que se inscrevem na são silvestre, vão para correr mesmo, não para aparecer de fantasia, levar faixas e cartazes ou coisas do tipo. só que, por ser uma prova menor, não tinha o mesmo apelo para a televisão. eu não vi a transmissão, porque estava lá, mas pelos comentários, ficou bacana a chegada quase simultânea dos vencedores nas duas categorias, masculina e feminina. como atleta amadora, claro que preferia ter uma prova só para nós, mulheres, mas entendo o apelo da TV, sempre tão decisiva para a viabilização dos esportes...

henry: foi dura demais a prova, colega, seu relato não foi o único do tipo. ano que vem estaremos lá, se deus quiser!

mario lago: bom tê-lo de volta! ótimo 2008 para você também.

jean e idelber: na boa, não me senti insultada. se quiserem continuar, fiquem à vontade. só não posso deixar de manifestar minha simpatia pelo alvi-negro. desculpe, jean, não posso disfarçar. cruzeiro é ex-palestra, como alvi-negra tenho uma birra natural por sua agremiação. um dos papéis mais vexatórios que já vi um time fazer foi o do cruzeiro na final do mundial interclubes de 1997, quando armou às pressas um time estrelado por Gonçalves, Bebeto e Donizete, contratados só para aquele jogo. só podia dar no que deu. mas não que queira mal e, de verdade, torço para que o franck caldeira vença ainda muitas provas pelo brasil, quem sabe até a maratona deste ano, em pequim?

Anonymous said...

Alessandra,
Mesmo como cruzeirense concordo que foi ridículo o papelão feito pelos irmãos perrelas e o técnico que rebaixou o seu corinthians. Contratar aqueles pistoleiros e deixar de fora atletas como o Marcelo Ramos, Nonato que tinham identificação com o clube.
Sobre vc ser alvi-negra e preferir times que já foram rebaixados, não tem problema, não te desqualifica por isso.
E a vc Idelber... jamais tive a intenção de insultá-lo, até pq não me referi a sua pessoa e sim a sua paixão clubística, coisa aliás que vc sim o fez. Mas se sentiu assim, deculpe-me... queria apenas brincar um pouco e responder as provocações que vcs fizeram contra o Cruzeiro.

Anonymous said...

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