Thursday, August 31, 2006

Nouvelle cuisine

Quinta-feira era dia de macarrão. Minha família não tem nada de italiana, nunca entendi por que se consolidou essa tradição, mas assim era. Talvez um hábito absorvido de fora para dentro de casa, pois todo restaurante tipo “prato feito” de São Paulo podia destacar-se pelo tempero, nunca pela originalidade. Segunda, virado à paulista. Terça, dobradinha. Quarta e sábado, feijoada. Quinta, macarrão. Sexta, peixada.

Lembro que o costume do macarrão às quintas foi particularmente forte no ano de 1980. Ah, a catequese... A turma de meninas seguia para a igreja lá pelas nove da manhã, comprometidas em assistir às aulas da dona Neusa. Uma das mães se encarregava de buscar todas – cinco ou seis – levava para a casa, servia o almoço e depois despejava o grupo na escola.

O cardápio era invariavelmente igual: salada de batatas, bife à milanesa e macarrão. Deus e Dona Neusa que me perdoem, mas eu não via a hora de acabar a aula, salivando pela mistura carbo-calórica que me aguardava. Deus teve de seguir me perdoando enquanto freqüentei a igreja católica e suas missas, porque continuei ansiando pelo fim do ritual, mesmo sem macarrão com bife à milanesa como prêmio, só esperando a parte da missa que mais me enchia de alegria, o “vamos em paz e o senhor nos acompanhe”.

Macarrão, naqueles tempos, não era massa nem pasta. Era macarronada e era muito diferente do que se pede hoje em restaurantes bacanudos da metrópole. Ninguém nunca tinha ouvido falar em grano duro, al dente, pesto, tomate seco, mussarela de búfala. Aliás, ninguém nunca tinha ouvido falar em búfala e rúcula era uma verdura amarguinha que, vez em quando, aparecia na salada, meio exótica.

Macarronada era assim: cozinhava o macarrão, esquentava o molho, escorria a massa, jogava em um pirex com um pouco de manteiga, misturava bem para o macarrão não grudar, jogava o molho, bastante molho, misturava tudo e servia, com queijo ralado por cima.

Daí veio a nouvelle cuisine e seus pratos lindinhos de se ver. Mataram a macarronada. O próprio macarrão foi para o limbo. Restaurante modernete que se preze não serve macarrão, serve pasta. Que é feita de sêmola de grano duro, ou coisa que o valha, cozida al dente, acomodada em um prato fundo, com uma conchinha espartana de molho pomodoro jogada no meio, e um buquê de algo verde decorando no centro. Praticamente uma obra-de-arte.

Nem vou entrar no caso do bife à milanesa, que apanhou tanto, mas tanto, a ponto de se transformar de suculento pedaço de carne em uma solinha de sapato chamada paillard.

Só que, de quando em vez, parece bater uma nostalgia de macarronada no público pagante. E uma pontinha de remorso nos chefs das casas badaladas. Daí colocam no cantinho do cardápio, bem blasé, quase imperceptível, um adendo salvador. Abaixo das pastas finamente acompanhadas de paillard, surge simpático o “molho extra”. Continua vindo a pasta, elegante com sua borda imaculada, o molho só ao centro. Mas junto vem o potinho de molho extra, para que o comensal chafurde feliz o macarrão naquele exagero de tomates pelados liquefeitos, transformando sua pasta al dente de grano duro em uma familiar, suculenta e saborosa macorronada.

26 comments:

Anonymous said...

Brilhante!
A arte de escrever bem, fazer uma crônica com um prato de macarrão.
Gosto de vinho verde, pouca gente gosta.
Ah....o Calamares!

Jonny'O

Anonymous said...

Boa tarde, Alessandra. Olá, pessoal. Fiquei me lembrando de macarrão em filmes. Dois em especial,o primeiro é "O Poderoso Chefão II", onde o Vito Corleone serve a seus amigos a macarronada que sua esposa prepara. Os pratos "roubam" a cena. Outro é um com o Jerry Lewis, não sei o nome,talvez alguém me ajude, ele está num restaurante, sonhando com uma garota e começa a girar o garfo sobre o prato de spaghetti. Fica pensando na garota e dali a pouco ele está com o spaguetti cobrindo todo seu braço. Comida em filmes daria um post legal, né, Alessandra? Bom apetite pra todas e todos. Ah, ia me esquecendo: ouvindo agora a trilha sonora de "Os Guarda-Chuvas do Amor", bem no trecho em que o Roland Cassard começa a ficar hipnotizado pela Geneviève. Au revoir.

Anonymous said...

Alessandra, macarronada é comigo mesmo. E com mãe filha de italianos, é a macarronada tradicional. Só q sem bife a milanesa (melhor nem falar disso pra mamma q ela adora), mas com pedaços de carne (músculo ou coxão duro) no molho, ou ainda as boas porpetas (almondegas). Não esqueça o pão pra pochar no molho,rss.

Essa sua crônica me trouxe a infância de volta. Valeu!

Anonymous said...

Como bom "oriundi" não pude deixar de literalmente degustar o texto....aí que fome!!! Em homenagem ao tema de hoje, vou correndo pra casa preparar uma belíssima macarronada "Miojo's Improvisus di Bacco"...com uma folha de alface como apêndice decorativo, naturalmente.

Quanto a filmes e massas, serei menos "chique" e lembrarei dos episódios do Chaves com a famosa macarronada da Dona Florinda na cabeça do calvo garçom...lembram?

Zeca said...

Que saudade do macarrão a bolonhesa da minha mãe! Mas em matéria de macarrão, quem domina a arte é minha sogra, querida Dona Farilde. É só aparecer por lá no domingão e colocar o guardanapo no colarinho. E a especialidade dela é macarrão com frango!

Lembrei também de um menino amigo nosso do clube... o apelido dele? Macarrão! Por onde será que ele anda? Acho que quase todo mundo já conheceu um "macarrão" na vida...

Abraço a todos, bom apetite e calma que o domingo já está chegando! :-)

Ouvindo Monica Salmaso, "A violeira". Tschüss, Zeca

Anonymous said...

Brou,

Este negócio de esconder a macarronada tem nome!! PC!

A sigla eu não posso explicar porque é impróprio colocar no papel. Mesmo que não seja papel.

Mas é pura soberba do marketing atual, desprezando o provinciano fácil de copiar.

Alessandra Alves said...

Jonny´O: obrigada! acho que nunca tomei vinho verde. é de portugal, pois não?

mauro: como assim? macarrão + cinema e você nem resvala em "a dama e o vagabundo"?! quando você citou "o poderoso chefão", também lembrei de uma cena do terceiro filme, com a sophia coppola e o andy garcia fazendo nhoque. mistura perfeita de delicadeza e sensualidade.

valeria: ah, almôndegas...

gustavo m.: depois que postei, fiquei pensando que alguém poderia ficar com vontade de comer macarrão e vejo que acertei! eu deveria ter tentado um patrocínio com a barilla para este post!

zeca: macarrão à bolonhesa é bom demais! aliás, eu sou fã de carne moída, pois dá menos trabalho para mastigar! e monica salmaso também é bom demais!

gustavo: brou, marketing e justificativa para cobrar mais caro. você pagaria 20 contos por um pratinho fundo de macarronada? não, né? mas por uma pasta al pomodoro, são outros quinhentos...

Anonymous said...

Olá acho que neste espaço nunca postei comentário algum, pq este blog é super complicado para fazer isso, pelo menos para um semi analfabeto digital como eu! Aproveito para lhe parabenisar por todas as colunas do GPTotal e demais crônicas que já tive o prazer de ler. Bem deixo aqui meu triste protesto, pois: leio seus Blog'(este, Pandini, Gomes, Soninha eventualmente outros) na hora do almoço. Por Almoçar em um bandeijão universitário, hoje me obrigo a comer fora além das minhas contas so por causa da macarronada.
Obrigado
Meu nome é Felipe Atch sou do Espírito Santo

André Gonçalves said...

deu fome, alessandra.
já fui criticado por dizer que eu gosto do macarrão do jeito que voce fala.
patrulhamento do macarrão.
fui chamado de antigo.

Anonymous said...

Exato, o vinho verde é portugues ,região demarcada em Minho ,o vinho verde é mais acido ,frutado,rascante, não deve-se quarda-lo ,teor alcoolico baixo entre 6 a 9 graus,talvez o mais conhecido aqui é o Casal Garcia.
Mas sugiro que experimente o Calamares Rose ,este não é verde,mais tenho certeza que não vai se arrepender.

Anonymous said...

Esqueci de identificar .
Jonny'O

Anonymous said...

- alessandra, eu aqui verde de fome e vc me trás aos olhos o que há de melhor na cozinha: azeite de oliva, grano duro, muitos tomates aos pedaços com cebola, salsa e cebolinha. e o filé a milaneza (é com s ou z essa coisa?) uummmm!!!! dourado, acompanhando salada de batatas com mostarda, áh! muita mostarda em grãos.... que chefe de cusine que nada. gostoso é fazer em casa. com os ingredientes que a segunda abertura dos portos nos permite, é claro, mas sem deixar de ser uma legitima macarronada. caseira.
- minha mulher vai te agradecer, hoje eu que cozinho lá em casa!!!!

Alessandra Alves said...

felipe: aqui não é complicado não! nem tem identificação dos comentários. felizmente, tenho tido participantes muito educados que nunca me obrigaram a moderar os comentários. agora que você decifrou a complicação, apareça mais vezes. ah, rapaz! fiquei com remorso de ter feito você salivar e abandonar o bandeijão da faculdade. espero pelo menos que você tenha achado um belo prato de macarrão depois de ler a crônica!

andré: não é o fim da picada essa história de moda na cozinha? cada um come o que gosta, do jeito que quiser! um velho ditado já nos ensinou: gosto é gosto, não se discute. eu, por exemplo, não tenho grande apreço por peixes e frutos do mar. é uma pena, porque é uma carne saudável, mas vou fazer o quê? não gosto. tem gente que quase cai da cadeira quando recuso um pedaço de salmão. tenho que comer só porque é bacana? faz favor...

jonny´o: sugestão anotada e compartilhada com os colegas. obrigada!

mario: só tenho algo a comentar - no fundo, no fundo, este post era uma armadilha feminista para tirar as mulheres da frente do fogão. bon apetit!

Anonymous said...

ai, ai, ai que crueldade!

ai que macarronada gostosa, ai que fome, alessandra!

Andréa said...

Hmmm, que post gostoso! Dá até pra sentir o cheirinho da macarronada! Eu dispenso a carne, mas AMO uma boa macarronada. Ai, fiquei aguada.

Anonymous said...

Oi, Alessandra, olá, pessoal. Alessandra, I´m back pra cantar um trechinho de uma música que voce conhece (voce disse que gosta da Adriana Calcanhoto), logo após ter almoçado "capeletti al sugo", tava bão! Posso cantar? Não vai ser inteira, só o começo e o começo da metade. É assim:
"eu ando pelo mundo prestando atenção
em cores que eu não sei o nome
cores de Almodóvar
cores de Frida Kahlo, cores
passeio pelo escuro
eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
e como uma segunda pele, um calo, uma casca,
uma cápsula protetora
eu quero chegar antes
pra sinalizar o estar de cada coisa,
filtrar seus graus
eu ando pelo mundo divertindo gente
chorando ao telefone
e vendo doer a fome dos meninos que têm fome

pela janela do quarto
pela janela do carro
pela tela, pela janela,
quem é ela, quem é ela?
eu vejo tudo enquadrado
remoto controle...

eu ando pelo mundo
e os automóveis correm para quê?
as crianças correm para onde?
transito entre dois lados de um lado
eu gosto de opostos
exponho o meu modo, me mostro
eu canto para quem?"
É a "Esquadros", voce conhecia, né? Ótimo sábado pra ti, todas e todos.

Alessandra Alves said...

joana: só peço pedir desculpas e torcer para que você tenha desfrutado de um belo jantar depois do post...

andréa n.: tenho acessado seu blog sempre, viu? só não tem dado muito tempo de comentar, desculpe. olha, eu acho que caminho cérele para me tornar vegetariana também. não é tanto por ideologia, mas por gosto mesmo. além do mais, mastigar carne dá tanto trabalho...

mauro: na mosca! essa é uma das músicas da adriana calcanhoto de que mais gosto. agora, fiquei numa dúvida danada. é nessa música ou é em outra que ela fala "eu não gosto do bom gosto". adoro essa frase. aliás, no blog do pedro a gente já falou bastante sobre isso. um dia eu posto mais a respeito. capelette, é? definitivamente, eu deveria ter tentado um patrocínio da barilla para este post!

Anonymous said...

Alessandra, né não. Esse verso está em "Senhas". Peraí, deixa eu ajeitar aqui o violão, lá vai:
"Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu agüento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores
E banidos

Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos

Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu agüento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu agüento até os caretas
E suas verdades perfeitas

O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu agüento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias

Eu respeito tiranias
Eu compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades

O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Não, não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que cercam de desejo
Dos que ardem

Eu gosto dos que têm fome
Que morrem de vontade
Dos que cercam de desejo
Dos que ardem"

Voce gostou? Tá ficando boa a festa, né? Tem macarrão, tem vinho verde, tem música. Agora é a vez de quem cantar? A Joana tem um repertório muito legal, assim como o Zeca. Ahn, aproveitando a oportunidade, apenas pra te conhecer melhor, amanhã, Santos x Palmeiras, voce vai de quem? Ou gostaria que terminasse em conflito generalizado, 22 expulsos e estádio interditado? Lembre-se, torci por voces na Libertadores. Comprrendi então toda vossa dor, é duro torcer pro Corinthians. Tchauzinhos.

Alessandra Alves said...

mauro: pronto, é essa mesma! obrigada. preciso ir atrás de um cd da calcanhoto agora. esse blog está virando um shopping center, com incentivos consumistas de toda sorte.

santos x palmeiras, amanhã? mauro, se você quer saber um pouco mais de mim, saiba que eu só torci pelo palmeiras uma única vez na vida. foi no paulista de 1988: o corinthians dependia de uma vitória do palmeiras sobre o são paulo para se classificar à final contra o guarani (por deus, não me peça para explicar o regulamento desse certame...). o palmeiras venceu, o timão foi para a final, ganhamos na prorrogação com aquele gol espírita do viola. como o jogo de amanhã não serve em nada ao corinthians, tenha certeza, pro palmeiras eu não torço.

no entanto, eu seria falsa se dissesse que meu coração alvi-negro pularia de emoção com uma vitória do peixe. ainda está viva, em minhas retinas tão fatigadas, a cena de uma certa pedalada de um certo atacante diante de um certo lateral-direito nosso...

mas também não me tome por sádica a ponto de imaginar tal espetáculo dantesco!

olha, um empate tá bom, tá?

Anonymous said...

Alessandra, pessoal, boa noite. Alessandra, sei que é um gesto abusado, perdoe-me, mas não é todo dia, sequer toda década que acontece isso. Nesta festa de macarrão, vinho verde e música, permita-me, permitam-me todos, abrir uma garrafa de champagne pra comemorar os 5 x 1, e entregar na mão de cada uma, cada um, uma taça. Tin, tin, Salut! Essa vitória me lembrou de um título de filme: "De Ilusão Também Se Vive". Tem jeito de por pra tocar "Maybe This Time", com a Liza Minelli? Thanks. Bye. Bom fim de domingo e melhor segunda pra todas e todos.

Anonymous said...

Brou,

Tinha certeza que este santista, bancário (ex-colega da minha sogra) ia voltar para fazer festa aqui! É a cara de todo Santista.

Ainda bem que apenas o Mário ficou com vontade de cozinhar. Imagina se o Beto resolvesse te fazer um jantar?!?

Agora fiquei com vontade de comer uma macarronada com macacada depois da vibrante vitória do nosso escrete. Dá-lhe Timão!! 96 Anos!!

Anonymous said...

Brou,

Tinha certeza que este santista, bancário (ex-colega da minha sogra) ia voltar para fazer festa aqui! É a cara de todo Santista.

Ainda bem que apenas o Mário ficou com vontade de cozinhar. Imagina se o Beto resolvesse te fazer um jantar?!?

Agora fiquei com vontade de comer uma macarronada com macacada depois da vibrante vitória do nosso escrete. Dá-lhe Timão!! 96 Anos!!

Anonymous said...

Brou, co permiso,

Mauro, brincadeirinha!!

Alessandra Alves said...

mauro: êita, mundo pequeno! como é que é isso? então você é ex-colega da sogra do meu irmão?! que coisa!

assisti ao segundo tempo do clásico de ontem. me lembrou aquele 5 x 1 do são paulo pra cima do corinthians, no primeiro turno. o time do palmeiras parecia desligado, atordoado, como se tivesse tomado uma dose a mais de calmante. não vibrei, é certo, mas não posso negar que fiquei alegrinha com cada estufada na rede alvi-verde.

mas há que considerar: algo de muito errado acontece quando luiz alberto marca duas vezes na mesma partida. não querendo tirar o mérito do santos...

gu: vira essa boca pra lá, mano! o beto cozinhar o jantar é um espetáculo mais dantesco que 22 expulsos e estádio interditado. era capaz de terminar a noite com a cozinha em chamas!

para informação de todos: até eu sucumbi! encarei uma macarronada no domingão também! e o pior é que já está me ocorrendo outro post comestível...

Anonymous said...

Oi, Alessandra, hello people, olá Gustavo. Alessandra, deixa trocar uma idéia rápida aqui com o Gustavo. Ô cara, voce sumiu! Tal qual Tevez, Mascherano (pô, sério que fiquei triste, queria ver eles mais tempo no Brasil) e Kia Jorabchian (esse fiquei triste não) indo pra Londres, voce foi-se de lá de nossa conversa começada no blog da Soninha. Quando digo "foi-se" estou talvez sendo tal qual um martelo, portanto "foice e martelo" só podem dar pretexto pra mais uma vez eu cantar - êpa, que digo eu:, cantar não, entoar - "A Internacional". Vamos lá: "De pé, ó vítimas da fome, de pé, famélicos da terra...". Sorry, gente, Alessandra, por este momento de "Adeus Lenin" às avessas. Excelente fim de tarde pra todas e todos. Hasta la vista.

Anonymous said...

uma coisa é fato, esse lance de macarronada as quintas feiras é tradicional mesmo, na minha casa , na casa da minha vó tb era assim, depois de ler esse seu texto, me deu uma saudade danada dos anos 80.......