Wednesday, October 10, 2007

Minta você mesmo

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No ar, minha mais nova coluna no GPTotal. Em pauta, as ligações perigosas entre a imprensa e os personagens principais da Fórmula 1. Vai lá, vai...

8 comments:

Anonymous said...

Um exemplo de reporter que forçava para parecer intimo talvez seja Roberto Cabrini, né? Penso eu, toda vez que vejo uma matéria antiga dele com Senna.
Mas quanto a imprensa espanhola, acho que eles estão descontando no Lewis o que não podem fazer com jogadores de futebol negros que jogam em seus times. Chega a ser nojento a gama de adjetivos pejorativos que usam. Como é diferente 'espezinhar' um piloto de outro país que nada trás a Espanha, de sacanear um atleta que dá lucro aos cofres de seus clubes... Então 'pau' no Hamilton.
E se Alonso continuasse a ser piloto de equipe pequena, como quando era da Minardi? Eles ficariam tão exaltados assim? Ou continuariam a ser os "japoneses" da Europa, assistindo por assistir as corridas?
Sei lá.
Bela coluna (de novo).

Anonymous said...

Penso que não há nada de errado em ocorrer amizades enre jornalistas e pilotos - ou esportistas - desde que seja preservada a imparcialidade e compromisso com relato de fatos.
Entretanto, vemos que isso não ocorre facilmente. Ao contrário, tomam caminhos estranhos. Basta lembrar da relação entre Senna e Galvão Bueno que chegou a ser de sócios. E a briga entre GB e Reginaldo Leme por causa de Piquet e Senna?
E pode esperar. Logo veremos muitas bobagens quando Massa e Piquet estiverem juntos na F1 pelas mesmas razões anteriores.

Anonymous said...

Fantastica coluna!
Bem lembrado o Rádio Paddock do Piquet ,este sim ,conceguiu ver por cima o que se passa no emaranhado de noticias da F1 ,e como sempre demonstrou ,tirava proveito dos espertinhos ,grande Nelson.
Mas estou cansando um pouco de tudo isso ,ultimamente estou sabemdo das noticias quando estas estão comentadas nos blogs,os sites especializados estão muito padronizados ,estão todos iguais ,o teor das noticias beiram as Contigos da vida .
Acho que houve um desvio do modo de como se encara o profissional e o esporte.
Em apenas uma corrida um determinado reporter já faz uma analise total da capacidade de um piloto ,e na prova seguinte muda por completo sua opinião ,sem ficar vermelho ,tudo depende claro da necessidade do impacto que a manchete precisa.
Outro fator que deve ter contado para o aumento das invencionices é a velocidade e necessidade de novas noticias.Antigamente era mensal atraves das revistas especializadas ,depois veio os jornais (antes eles não davam muito espaço a F1)com noticias diarias e agora a internet ,minuto a minuto.

Jonny'O

Alessandra Alves said...

ron groo: bem lembrada a diferença de atitude entre os torcedores da f1 e os do futebol. eu fico realmente chocada com esse tipo de manifestação racista. me entristece muito, de verdade. os torcedores espanhóis não devem se conformar com o fato de que alonso foi para a melhor equipe e encontrou um adversário à altura dentro dela, não um segundo piloto. é como casar com uma mulher bonita e vê-la se transformar em uma gorda feia. obrigada pelo elogio!

quanto ao cabrini, veja só, ele foi membro da minha banca de trabalho de conclusão de curso. naquela época, ele fazia uma cobertura pirata da f1, porque trabalhava no sbt, não tinha acesso às corridas como os repórteres da globo, emissora que sempre deteve os direitos de transmissão.

herik: pois é. lemantável que esse tipo de distorção ocorra, porque a notícia fica em segundo plano e, mais ainda, vista por um viés viciado. também não acho nada demais que haja amizade entre esportistas e jornalistas. o querido jan balder, que também foi piloto, tem uma foto na qual ele está carregando o pace, depois da vitória do brasileiro no gp do brasil de 75. eram amigos, companheiros de pistas, nada de errado.

jonny´o: obrigada, amigo! saímos do quase nada para o tudo, né? antes, a gente tinha as corridas e as revistas especializadas. só. no máximo, uma materinha aqui e ali nos telejornais. concordo que a necessidade de gerar notícias tenha criado algumas aberrações, e penso que o fato de termos muito mais quantidade, hoje, não nos tenha trazido mais qualidade. e você sabe que eu também me informo várias vezes pelos blogs?

Celinho Boy said...

Alessandra, muito bom teu artigo.
Mas antes, não vou deixar de comentar:
1)As manifestações racistas dos espanhóis contra o inglês Hamilton me fez lembrar de cara de dois episódios ocorridos: o primeiro envolvendo o técnico espanhol Luis Aragones, uma coisa assim, que pediu pros jogadores marcarem firme aquele "negro de merda", se referindo ao francês Henry durante a Euro 2004. Depois naquele amistoso em que os torcedores espanhóis urravam como macacos. Me lembro que o Aragones até tentou desconversar, dizendo que o Reino Unido espalhou o racismo com a escravidão de africanos. Os jornais ingleses responderam dizendo que os espanhóis massacraram com os povos americanos durante a colonização. Parece que a rixa é mais antiga, né? E tem mais: talvez eles permitam tais publicações por levar a sério demais aquele papo de liberdade de expressão. É muito comum nos sites daqui os caras vedarem a publicação de textos de teor racista, de ódio, etc e tal. Não duvido que nós estaríamos vendo troços horrendos. E mais: no Orkut é muito comum a existencia de comunidades bizarras. E no Brasil. E mais, fiquei estarrecido a saber que existam neozanistas na torcida do Grêmio, em especial na geral. Isso sem falar as manifestações racistas contra alguns Inter, chamando-os de macacos imundos.
2)O timão que jogou bem ou o SPFC é que está relaxando. São três derrotas consecutivas. Tenho a impressão que o Corinthians apenas adiou a agonia. Não sei se sairá dessa. Se não sair, seria um castigo divino devido a sujeirada daquele Brasileiro de 2005? Já imaginaste o timão e o inter na série B.

Agora sim, simplesmente muito boa tua colocação sobre a relação da imprensa não apenas com o pessoal da fórmula 1, mas também com outros setores da vida pública. me lembro quando o Galvão e o Senna se davam muito bem. O que não quer dizer que ser amigo de alguém que é notícia lhe renda bons dividendos. E achei muito legal esta história do Piquet, Radio Padok, ha, ha. Esse cara era hilário, né? Outra questão, que até foi tema dum Observatório da Imprensa do Dines foi o patriotismo midiático, que ficou muito evidente durante os jogos Pan Americanos, que não é uma Brastemp esportiva, mas que acho uma boa preparação pra Olímpiada. O episódio das vaias de Lula e sobretudo aos atletas pode ser considerado um bom exemplo do patriotismo exacerbado. Isso sem falar da incitação promovida pelo Oscar Schimidt e pelo Aurélio Miguel. Sinal que seja na Espanha, seja no Brasil, o patriotismo midiático atrapalha, ofusca. Será que o fato de não ir com a cara do Prost seria um produto da mídia e eu ter encampado. Embora não tenha lido nada sobre o assunto na época, mas sempre achei que o Balestre era puxa saco do frances( eu tinha meus 11 anos quando achei isso). E se tou lembrado, ele teria admitido o favorecimento.
Bem, é isso, por enquanto, beijos e parabéns pela tua corrida.

Anonymous said...

Vamos voltar no tempo. Se lembram do Senna, quando em início de carreira chegou à frente em Mônaco embaixo daquele dilúvio e o diretor de prova (Jacky Ickx) ñ lhe deu a vitória. A imprensa brazuca tomou partido, o povo brazuca tomou partido, e até procissões com velas e orações ocorreram para dar-lhe os pontos! Pois é, acontece exatamente isso com os espanhóis hoje. Portanto cara-pálidas, as relações imprensa-torcida só incomodam quando acontecem no quintal do vizinho..... Saudações belgo-monarquistas, Carlo.

Anonymous said...

Oi Alessandra, como eu você sabe que discos não tem o poder de mudar a vida do ouvinte, mas em certos aspectos dizemos que muda... Não acha? Se puder, por favor, leia meu texto no meu blog e responda a questão que lá deixei... Sabendo um pouquinho de seus gostos musicais, fiquei curiosíssimo pra saber qual seria o seu...
Ron Groo
www.bliggroo.blig.ig.com.br

Anonymous said...

Olá Alessandra,

Eu ainda não tinha lido esta coluna sua (que está sensacional) e espero que os seus colegas de profissão tenham a oportunidade de lê-la, pois alguns andam precisando deste "toque". Ô, se andam. Quem sabe assim a ficha cai.

XO