Tuesday, February 26, 2008

Disco Hair Style

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Apesar de ser uma mulher chegada na graxa - o apreço pelas corridas não me desmente - sou muito afeita a cosméticos e procedimentos de estética em geral. Manicure, pedicure, depilação, luzes no cabelo, hidratação, limpeza de pele. Ai, quanta frescura. Confesso: não passo sem. Faço as unhas todo sábado e todo sábado penso a mesma coisa.

"Como seria bom se o salão de beleza fosse também uma discoteca, daquelas com som ensurdecedor."

Não estranhe, querido leitor, isso tem uma lógica inquestionável. Se eu fizesse as unhas ao som de música eletrônica no último volume, não escutaria a torrente de besteiras a que meus ouvidos/penicos são submetidos nessas aparentemente inocentes sessões de embelezamento.

Que fique claro: não se trata de uma colocação sexista. Ouço absurdos saídos tanto de bocas femininas quanto masculinas. Só que, no salão que freqüento, habitualmente só há mulheres. E mulheres de um tipo que assusta. Do nada, começam a se dedicar a seu esporte preferido - malhar suas empregadas.

Veja se não é para almejar bate-estaca em alta voltagem:

- Minha empregada agora resolveu que não trabalhar mais todo sábado.
(Nota da redação: e você aqui, fazendo as unhas, não pode ficar sem alguém para limpar a sua mesa do café da manhã, né?)

- Podendo, "elas" se encostam mesmo.
(Nota da redação: isso, põe fogo. Você, na certa, acha que "elas", as encostadas, deveriam dar graças a Deus por não terem mais bolas de ferro presas às pernas.)

- Tá certo que eu nem almoço em casa no sábado...
(Nota da redação: Ah, mas a sinhazinha não pode ficar sem uma mucama por perto... Será que você não tem prazer em ficar um pouco a sós, com você mesma ou com a sua família, pelo menos no final de semana?)

- A minha não reclama. Falei para ela que empregada doméstica tem direito a uma folga semanal e não precisa nem ser no domingo.
(Nota da redação: Legal! O dia que você passar um domingo inteiro trabalhando, depois tira uma folga na quarta-feira e vê que gostoso é. Todo mundo trampando e você lá, no maior ócio!)

-A minha também não reclama. Aliás, ela me adora. Disse que, na última casa que trabalhou, a patroa fazia o prato dela e guardava o resto da comida. Na minha casa não tem disso, não. Graças a Deus, sempre vivemos com fartura.
(Nota da redação: Aumenta o som!!!)

Monday, February 25, 2008

Compañero Fangio

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Há 50 anos, o Movimento 26 de Julho seqüestrou o maior piloto da Fórmula 1. Fangio, Cuba, Fidel. Que história! Lá, no GPTotal.

Thursday, February 21, 2008

Regi, o rebelde

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Nestes tempos de detectores de mentira, não convém faltar com a verdade. E a verdade é que passei a gostar mais de Fórmula 1 graças a Ayrton Senna. É fato que o primeiro campeonato que segui foi o de 1983, anterior à estréia de Senna, vencido por Nelson Piquet. Mas Senna tinha alguma coisa de familiar para mim: sua família morava no meu bairro, ele havia estudado na mesma escola que eu, inclusive com algumas das minhas professoras. Era como se um vizinho, que eu não conhecia (mas, e daí?) de repente ganhasse o mundo.

Acompanhei os primeiros anos de Senna como entusiasta de automobilismo. Os últimos, como repórter. Preferia ter ficado só com a primeira parte. Talvez uma das maiores decepções que tive foi conhecer Senna pessoalmente. O herói obstinado e patriota que nos surgia na TV era habitualmente arredio e descortês longe das câmeras. Problema meu, eu diria, pois, apesar de minha mãe certamente achar o contrário, nem todos precisam me tratar bem. Mas comecei a sentir que o problema não era só meu quando passei a ligar alguns pontos.

Senna dava respostas enviezadas e não escondia o mau humor até acender-se a luz da equipe da TV Globo, detentora dos direitos de transmissão da Fórmula 1 desde o paleolítico. Neste instante, como por mágica, sua fisionomia se transformava e então eu reconhecia o herói obstinado e patriota da minha adolescência. Vi a face do mito e logo entendi por que meus colegas mais experientes costumavam ser tão detratores em relação à postura do piloto.

Era nesse contexto que transitava o comentarista Reginaldo Leme, da própria Globo. Vigorava na época o veto de Senna às entrevistas com Reginaldo. Eles haviam brigado e o piloto simplesmente se recusava a falar com o jornalista. Essa tensão entre os dois acabou emprestando a Reginaldo uma aura de herói perante seus colegas de imprensa. O veto de Senna era quase um troféu. Como se Reginaldo tivesse lavado a honra de todos nós, acostumados à grosseria do mito.



A história da briga e muitos outros episódios da vida profissional de Reginaldo Leme estão nesta completíssima entrevista feita por Bruno Vicária para o site Grande Prêmio. Depois de conviver com Reginaldo, de ter trabalhado com ele no primeiro de seus anuários AutoMotor, tenho convicção de que a admiração que os colegas nutrem por ele está muito, mas muito além da briga. Regi, como o pessoal o chama, é muito mais que um rebelde. É um grande cara.

Monday, February 18, 2008

Para gostar de ler - A pedra do reino


Por ocasião dos dois anos deste blog, citei brevemente os assuntos aqui debatidos e causei estranheza em um dos leitores, o Celinho Boy, lá do Sul. Ele comentou que não se lembrava de ter lido muita coisa sobre literatura aqui, e percebi que ele tinha razão. Na verdade, apesar de ser leitora voraz, nunca me ocorreu usar este espaço para compartilhar as impressões que minhas leituras me causam.

Encontrei uma boa ocasião agora, logo depois de passar algum tempo mergulhada no universo sertanejo de Ariano Suassuna, lendo "Romance d´A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta", primeiro compromisso do ano no Clube de Leituras do exclente blog O biscoito fino e a massa, clube do qual, nas palavras do Idelber Avelar, dono do blog, sou "sócia fundadora".

Com este texto, inauguro a seção "Para gostar de ler", nome inspirado em uma simpática coleção de livros, lançada no início dos anos 1980, que tinha o objetivo de incentivar o hábito da leitura entre o público jovem. É este espírito pueril que predomina na seção, na qual pretendo compartilhar as impressões dos livros que vou lendo. E o próximo post da série já tem nome - "Os funerais da Mamãe Grande", de Gabriel García Márquez, que acabei de ler. Mas vamos à Pedra do Reino!

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Um livro da gota serena

Quando o professor Idelber Avelar propôs o desafio, nem pensei em recusar. O Clube de Leituras do Biscoito tem sido uma excelente oportunidade para introduzir autores novos em minha biblioteca, para dividir impressões e para retomar o antigo exercício de interpretação de texto. Quando, no entanto, dei de cara com a obra, já na livraria, pensei em desistir. Mais de 700 páginas de uma saga sertaneja. Me deu calor só de olhar a lombado do livro. Desistir não é meu verbo, encarei.

Que ninguém acuse Ariano Suassuna de ter escrito uma história meio sem pé nem cabeça. Primeiro porque as cabeças rolam mesmo, em toda a trama, numa seqüência de degolas que acaba virando até banal. Volto às cabeças cortadas depois. Importante é perceber, desde o primeiro capítulo, aqui chamado de folheto, na convenção da literatura de cordel, que o esforço do personagem narrador está muito mais na construção do grande romance do que necessariamente na história, ou pelo menos na linearidade dela.

Um esforço para resumir o livro: narrado por Pedro Dinis Ferreira-Quaderna, que se auto-intitula Rei do Brasil e almeja o posto de Grande Gênio da Raça, a história começa em 1938. Para se tornar esse grande gênio, Quaderna deseja escrever a maior epopéia de todos os tempos, superando inclusive Homero, cuja real existência ele mesmo contesta. Assumindo a função de "epopeieta", ou seja, de escritor de uma epopéia, Quaderna vai narrando as trágicas histórias que o levam a acreditar em sua ascendência real, remontando ao século anterior. Depois de situar o leitor em um caldo onde fervilham o sebastianismo, aqui transmutado em um contexto agreste, os símbolos da monarquia, os elementos rudes do sertão, as referências recorrentes ao jogo de baralho, Quaderna expõe a própria trajetória, pontuada pela influência de dois mestres, tão antagônicos quanto complementares. O aristocrático e branco Samuel, monarquista, e o mestiço Clemente, radical de esquerda. Do embate entre os dois surgem as passagens mais cômicas do livro, levadas sob a ótica do ridículo, como no duelo armado de penicos (!), além de frutificar em Quaderna sua própria ideologia e seu direcionamento como "epopeieta" e candidato ao título de Grande Gênio da Raça.

Da mesma forma que o livro me pareceu mais sobre o ato de escrever do que sobre uma história em si - configurando-se em um meta-livro - o embate entre Samuel e Clemente, ou entre a direita e a esquerda, surgiu-me como uma grande caçoada nas duas vertentes. Quaderna, ali personificando o artista em formação, fica à mercê das duas forças antagônicas e radicais, tornando-se um híbrido de características às vezes risíveis. Um exemplo disso é a ideologia professada pelo autor/narrador, ao se assumir como um... monarquista de esquerda, resultado desse cruzamento esdrúxulo. Estaria Suassuna rindo da disposição do artista, em absorver feito esponja os ditames desta ou daquela ideologia, até tornar-se um ser ridículo, próximo do louco?

Do início ao fim do livro, cabeças rolam, degoladas em cenas diversas e revividas. A cabeça de Dom Sebastião, origem do mito a partir da Batalha de Alcácer-Quibir, cabeças cortadas a mando de Dom Ferreira-Quaderna, antepassado do narrador, intitulado "O execrável". Perder a cabeça é perder o juízo, cometer desatinos, ficar louco. Loucura talvez seja uma definição óbvia para a mente febril de Quaderna. Perder a cabeça, aqui, talvez seja também a simbologia de substituir radicalmente uma idéia por outra, remontando ao embate de forças que permeia o livro - direta e esquerda, monarquia e socialismo, aristocracia e burguesia, sertão e engenho.

A Rede Globo levou ao ar uma minissérie baseada no romance, sob a aprovação entusiasmada de Suassuna. Não assisti. Quem viu e quiser comentar, seja bem vindo. Quem mais leu "A pedra do reino"? Convido os leitores a ler também os comentários lá no Biscoito.

Entre o entusiasmo da proposta, a dúvida na livraria e o envolvimento com o livro, fico com o primeiro e com o terceiro. É um livro para leitores obstinados, vale a pena.

Thursday, February 14, 2008

Autofagia esportiva

Quando completei onze anos e os primeiros raios da puberdade evidenciaram os arranhões em minha auto-estima, decidi fazer dieta. Weight Watchers, os Vigilantes do Peso, lá fui eu. Lembro das reuniões semanais e de uma mulher que tirava dúvidas, e das palmas a cada subida vitoriosa na balança, e de que essa mulher dizia que podíamos comer "folhas verdes à vontade", como se alguém tivesse vontade de comer chicória e alface...

Auxiliar da dieta foi a atividade física que comecei a praticar naquele período. Muito antes de virar corredora amadora, dei minhas raquetadas nas quadras do Acre Clube, uma agremiação familiar perto da casa onde eu morava, clube do qual meu avô tinha sido sócio fundador.

Quadra de saibro, aquela poeira toda. Quando chovia, naturalmente, não tinha aula. Em geral, íamos para o clube em turma, eu e dois ou três primos, todos praticantes. Com minha vocação natural para entrar de cabeça em todas as causas, especialmente as que se referem a atividades físicas, não me limitei às aulas. Jogava no meu período e continuava na quadra durante as aulas dos meus primos, servindo de gandula para o professor, um colombiano chamado Henrique. Ou seja, ficava umas duas horas correndo, fosse para rebater a bola, na minha aula, ou para apanhá-la, nas aulas dos outros.

Vigilantes do peso mais gandula de tênis, emagreci à beça, claro. Eu já tinha ligações anteriores com tênis, pois minhas primas mais velhas haviam desenvolvido respeitáveis carreiras juvenis, abandonando a competição no início da vida adulta. Nesse período, no entanto, fiquei ainda mais ligada ao esporte. Belos tempos, aliás. O cenário masculino era dominado por Bjorn Borg e pelo instável, porém adorável, John McEnroe. Entre as mulheres, Chris Evert passava o cetro e a coroa para a eterna Martina Navratilova.

Apesar de abandonar as aulas uns dois anos depois, nunca deixei de gostar de tênis e de assistir pela TV. Acabei virando setorista do assunto quando trabalhei na Folha de S.Paulo, cobrindo torneios aqui no Brasil, ainda nos tempos de Luiz Mattar e Jaime Oncins.

Nessa época, início dos anos 1990, eu não poderia suspeitar que o país, um dia, teria o tenista número 1 do mundo. Era algo distante, inverossímil. Estar no grupo principal da Copa Davis já era um feito e tanto. Quando perguntava a técnicos e jogadores quem poderia alçar vôos altos no ranking, quase todos eram reticentes. A maioria deles, no entanto, citava um extraordinário jogador que havia ficado pelo caminho, Marcelo Saliola, reputado como uma fora de série que, de uma hora para outra, abandonou o esporte.

Em 1992, 1993, eu não conhecia o nome Gustavo Kuerten.



De fato, Guga apareceu meio do nada. Não que tenha nascido tenista campeão do dia para a noite. Trilhou uma carreira consistente, mas longe dos holofotes da mídia. Os veículos de comunicação, em geral, só tiram os olhos do futebol e os pousam em outras quadras quando algo extraordinário acontece. Guga aconteceu em 1997, vencendo o primeiro de seus três Roland Garros.

De boné na cabeça, com a aba para trás, recebeu o troféu com seu jeitinho de manezinho da ilha. "Obrigado por esse sorriso" era a manchete do L´Équipe, no dia seguinte. Foram anos de conquistas memoráveis. Guga chegou ao topo do ranking, o que já parecia sonho para um tenista do Brasil, mas não parou aí. Foi o primeiro sul-americano a encerrar um ano como número 1, ficou 43 semanas seguidas no alto da classificação mundial.

Guga, como tantos outros tenistas do presente, não foi derrotado por um adversário mais forte, do outro lado da quadra. Perdeu para o próprio corpo, comprometido pelo excesso de esforço. Não quer dizer que os tenistas do passado jogassem menos que os de hoje. Significa, apenas, que o esporte de competição passou a sobrecarregar de forma desumana seus atletas.

O excesso de treinamento, pela necessidade de músculos hipertrofiados, tem deixado uma lista extensa de jovens esportistas precocemente aposentados. Guga foi feliz e nos fez feliz por um breve tempo. Tem todo o direito de se sentir realizado. Mas poderia ficar na ativa por mais tempo, não fosse o físico combalido.

Nos tempos do efêmero, todos parecemos discípulos de Vinícius de Moraes, conformados com o destino de tudo ser "infinito enquanto dure".

Monday, February 11, 2008

Links legais

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A semana começa com dois novos espaços na blogosfera.

Meu "filho" Bruno Vicária, uma jovem enciclopédia do rock, resolveu despejar de sua Laje de Imprensa todo o conteúdo sobre música, deixando o espaço apenas para assuntos automobilísticos. Como resultado da ação de despejo, nasceu Rock Tales, um blog só sobre rock, com o qual devo colaborar em breve. Quem gosta de rock e de textos bem escritos já tem endereço novo na praça.

Já meu colega Ammar Hussein, bem sucedido advogado e homem de ampla vivência internacional, colocou no ar seu blog dedicado a discutir assuntos de geopolítica. Modestamente, incentivei meu companheiro de corrida a lançar-se nessa iniciativa. E tenho interesse pessoal nisso: considero a cobertura da grande mídia muito pobre quando se trata de política internacional. Ter um espaço para aprender sobre o tema e discutir será muito bom!

Boa sorte aos novos blogs! Visitem, comentem, agitem!

Wednesday, February 06, 2008

É ou não é?

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Eu não estava viajando nem pulando Carnaval. Passei os últimos quatro dias entre o convívio familiar e a saga de Ariano Suassuna, Romance d´A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, livro mais conhecido simplesmente como "A Pedra do Reino". A leitura é um agradável compromisso junto ao Clube de Leituras do Biscoito, um blog fundamental para quem não tem preguiça de pensar.

Durante nosso recesso momesco, a Fórmula 1 fez testes em Barcelona. Em um dos dias, alguns torcedores espanhóis protagonizaram a cena acima, pintando o rosto e outras partes do corpo de preto, usando perucas e escrevendo em suas camisetas "Hamilton´s Family", ou seja "Família do Hamilton". Tive tempo de ler muitas reações a essa foto, em outros blogs, antes de postá-la aqui.

Chamou minha atenção uma opinião mais ou menos recorrente, pela qual a "brincadeira" desse grupo não poderia ser considerada racista. "Estão apenas imitando uma família de negros" era a justificativa desse grupo.

A guerra está deflagrada entre as imprensas inglesa e espanhola. Da ilha, partem editoriais inflamados, rotulando os espanhóis como um povo racista. Generalização perigosa, inútil e mentirosa, tal como usar "alemães" para sinônimo de "nazistas". Na península, os jornais minimizam o gesto, localizando-o como iniciativa de um pequeno grupo, sem isentar os administradores do autódromo por permitir tal manifestação.

Rumores apontam possíveis punições da FIA à Espanha, de multas até a suspensão das duas corridas previstas para a temporada de 2008.

Minha opinião: é racismo. Ressaltar características físicas de uma raça de forma pejorativa ou ofensiva é racismo. Em 2005 e 2006, o espanhol Fernando Alonso, ídolo desse grupo, disputou seu título diretamente contra pilotos de feições nórdicas. Primeiro, Raikkonen. Depois, Schumacher. E Schumacher, como de hábito, pegou pesado na disputa contra Alonso. No auge da refrega, não me lembro de ver ninguém nas arquibancadas com perucas loiras ou lentes de contato, "imitando" a família de nenhum dos dois rivais.

Fernando Alonso ainda não o fez, e já demorou demais, na minha opinião, mas deveria vir a público repudiar irremediavelmente a atitude dos torcedores. E a FIA deveria mesmo ir para cima das autoridades desportivas espanholas, exigindo que atitudes desse tipo sejam coibidas, sob o risco de se cancelarem as corridas.

Duas questões: o que você acha do tema? É ou não é um gesto de racismo?

E ainda: qual o papel da imprensa neste caso? Fotografar o grupo e divulgar a imagem pelo mundo é obrigação do repórter fotográfico que está lá? Ou o gesto deveria ser ignorado, diminuindo sua força? No mundo inteiro, como neste espaço, estamos agora falando do ato de racismo. Se a foto não nos tivesse chegado, não daríamos espaço para a "brincadeira" do grupo. Isso seria melhor ou pior?

Estou ansiosa por ouvir você!