Wednesday, December 05, 2007

Meeeeeeeeeedo!

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Que Bicho Papão, que nada! Qua mané Cuca! Quando eu era criança, tinha medo, verdadeiro pavor, de figuras muito, muito reais. Ou nem tanto, mas todas de carne e osso.


A onda de pânico começou em 1973, quando apareceram os Secos & Molhados. Eu me pelava de medo do Ney Matogrosso. Sim, a maquiagem no rosto era o principal, mas a atitude toda daquele homem era assustadora para mim. As roupas, cheias de coisas penduradas, o jeito como ele dançava, a maneira desafiadora de encarar a câmera. Da mesma época, era a Maria Alcina, mas essa eu só achava louquinha. Tinha uns olhões arregalados, mas o Ney me encarava. Muito recentemente, quando li a histórica entrevista feita pelo querido Pedro Alexandre Sanches, entendi que ele encarava mesmo, para desafiar. Tempos de ditadura. Foi gravar na Globo e orientaram: "Não encare a câmera." Ele desafiou, foi talvez o maior dos transgressores, parecendo mais um desbundado. Encarou e gelou minha alma. Cresci um pouquinho e gamei no Ney. Até hoje. Ninguém jamais cantará "Tanto amar" como ele.

Depois veio Raul. Cristo amado, que arrepio me causava Raulzito. A coisa se cristalizou no clip do Fantástico, com o baiano cantando "Eu nasci há dez mil anos atrás". Toscas as imagens, típicas daquele começo de TV a cores. Mas não me impressionavam os defeitos especiais, e sim a figura pálida de Raul, vestido todo de branco, com barba e longa cabeleira brancas. Não me parecia um profeta, mas a própria imagem de Deus. Parecia que vinha para acertar contas e eu, sei lá, com cinco, seis anos, não me considerava pronta para o Juízo Final.


Mais ou menos na mesma época de Nadia Comaneci, a primeira mulher que eu quis ser, surgiu na mídia o inexplicável Uri Geller. Era um paranormal que entortava garfos e colheres com a força da mente, consta. Foi a atração principal do Fantástico por várias semanas. Debates se instalaram sobre a autenticidade dos fenômenos. Os materialistas o chamando de charlatão, os esotéricos dizendo que não. Que era possível fazer qualquer coisa com a força do pensamento, parar furacões, dominar tempestadas, tirar o Corinthians da fila. Me assustava em Uri Geller o olhar fixo na colher ou no garfo, como se aquele olhar fosse capaz de me eletrocutar em segundos. Sumiu o Uri Geller. Ainda bem.

Por fim, Ary Fontoura. Este estupendo ator viveu o personagem "Professor Aristóbolo", na novela Saramandaia, de Dias Gomes. Eu não assistia à trama, que passava às 22h, pois dormíamos muito cedo. A novela foi inspirada no universo do realismo fantástico de Gabriel García Márquez, e o dito personagem virava lobisomem. Em uma determinada semana, criou-se enorme expectativa na transformação do homem em lobo. Minha avó assistia e eu sabia que a TV estaria ligada na novela, lá embaixo, enquanto eu tentava dormir, no andar de cima. Nunca vi a tal cena, mas fantasiei assustada todos os momentos de pavor. Foi, inacreditavelmente, a primeira e única vez que perdi o sono na vida!

E você, de quem tinha medo?

22 comments:

luizano said...

Menina,
Uma época aqui no Tocantins, então Goiás, saiu umas histórias de que Vampiros estavam atacando as pessoas, isso me dava um pavor tão insano, que cheguei a dormir com 03 cobertas, num calor de 30°.
As cobertas, segundo eu, era para dificultar os bichos morderem meu pescoço. Pensa....
Fora isso, só aranha caranguejeira mesmo, já fiquei uma madrugada toda olhando para uma na parede, esperando meu irmão acordar para matar.
O Resto eu enfrento......ou corro né?

valéria mello said...

Havia um bandido chamado Boca de Ouro, que tinha fugido da cadeia e diziam que estava escondido aqui pela região. Uma noite tive um pesadelo em que ele saía do quarto dos meus pais e vinha pelo corredor escuro me atacar. Durante muito tempo eu não entrava naquele corredor à noite sozinha de jeito nenhum.

Unknown said...

Tinha medo da voz do locutor da Globo quando ele se dirigia ao telespecador de madrugada! "o filme que você escolheu hoje é tal". Eu morria de medo! e continuo não gostando dele...

Anonymous said...

Tinha medo da loira do banheiro ,era linda mas muito perigosa ,nem sabia exatamente o que ela fazia com suas vitimas ,mas ela gostava de aparecer em colegios primarios ,Nossa Mãe!

O gozado é que meu filho veio com a mesma historia ,não queria mais fechar a porta para tomar banho .

Em relação ao Secos e Molhados a pricipio eu imaginava que o Ney Matogrosso também cantava no Kiss ,mas não tinha medo dele.

Jonny'O

Unknown said...

Eu tinha medo da Guerra do Golfo. Tinha 6 anos e sempre ficava assustado vendo aquelas bombas explodindo no escuro. Assistia o jornal e não queria de maneira alguma sair do quarto com medo de uma bomba cair na cozinha. Não tinha a menor ideía de que isso era do outro lado do mundo.

E do Plantão da Globo também, musiquinha desgraçada aquela.

Anonymous said...

Tinha uns 7 anos quando vi um filme,la pelas 5 da manha, que era da Ku Kux Klan (não sei como se escreve), aqueles caras com capuz pontudo. Tinha uma cena que a sombra deles se projetava na parede de uma casa. Bastou para eu ficar morrendo de medo de qualquer sombra no corredor de casa.

Acordava no meio da noite e com medo de ir ao banheiro fazia xixi na botinha ortopédica do meu irmão.

Outro medão era de carro preto. Na frente da minha casa, na Rua Maranhão, tinha uma delegacia. Era um entra e sai danado de carro da polícia, isto em 77 mais ou menos.

Um dia meu pai chegou e disse que tinha comprado um carro novo. Descemos do prédio para conferir e eu estava morrendo de medo que o carro fosse preto e que teríamos que entrar na delegacia toda vez que saissemos com ele.

Ufa, era um Dodginho Polara amarelo gemada.

Alessandra Alves said...

luizano: cobrir-se com três cobertores para espantar vampiros... não era mais fácil usar um colar de alho? dormir segurando uma cruz?

valéria: olha que lindo o nome do bandido: boca de ouro! não era bem mais romântico esse tempo, com nomes mais poéticos do fernandinho beira mar, que até tem seu caráter idílico, e marcinho vp?

aline: locutores, em geral, também me assustam. o walker blaz, que faz locução da rádio bandeirantes e da hbo, vixe, que medo!

jonny´o: ah, eu tinha certeza de que alguém lembraria da loira do banheiro! talvez seja a mais poderosa lenda urbana do brasil. é isso: a loira do banheiro é o nosso yeti!

diego: eu já era crescidinha na guerra do golfo, não tinha medo, mas me impressionava bastante com aquelas imagens das bombas noturnas. sinistro aqui, né? já a música do plantão da globo nunca me assustou, pelo contrário. com esta minha alma de jornalista, eu sempre ficava curiosa para saber o que tinha acontecido assim, de última hora, para interromperem a programação.

andré: como ex-usuária de botinha ortopédica, me solidarizo com seu irmão. que porcalhão você! sonha com a ku klux klan e mija na bota do irmão! hahahaha

quanto ao carro preto, teve alguma novela das oito que mostrava um carro preto sempre que alguém era assassinado. alguém se lembra qual era?

Cabral said...

Era a Próxima Vítima, do Opala Preto...

pra quem nasceu em 84...

Eu tinha medo fim do mundo em 2000...

Da ufologia no fantástico...

De um ponte cair (como aquela que caiu no final da década de 80...).

Do Lula ganhar a eleição, desde 89.

Depois de rir de muitos pesadelos eu tive medo dos sonhos. Mas aí eu parei de rir dos pesadelos e tudo se resolveu.

Anonymous said...

Ih... Medo é coisa complicada de se listar, Cê tem ai umas quarenta laudas pra eu discorrer? Brincadeira... Vou parecer ridículo mas é a mais pura verdade...
Eu tinha um medo terrível da capa de um compacto do Benito de Paula em que ele estava sentado nos trilhos do trem... Me pelava.
Depois do som de um leão rugindo num compacto do Roberto Carlos, "Um leão está solto nas ruas." Era o que minha mãe usava pra me aquietar, chantagem - Fica quieto ou ponho o disco! - Dizia ela.
Depois tive medo de ler "O nome da Rosa" de Umberto Eco. A contracapa do livro dizia coisas de arrepiar e ainda tinha o trailer do filme na tv. Mostrava coisas horriveis. Mas lí e relaxei com a discução sobre os designios da pobreza de Cristo ou de Francisco de Assis. Bacana!
Mas medo, pavor mesmo eu tenho de um pesadelo que tenho quase sempre. O de acordar e não saber mais ler. Pra mim isto é a morte em vida.
Só um pitaquinho sobre o post de baixo, já que pra variar to atrazado... A torcida do Corinthians deu uma prova do que é amor por um clube. Nunca tinha visto nada igual, e tenho certeza absoluta de que a torcida do Santos nunca agiria daquela forma.
Ah! E lembra daquela tal votação sobre o Oscar da F1 2007 que alguns amigos e eu mesmo disse pra você aqui dias atrás? Já saiu o resultado e eu viajei criando um texto pra festa de entrega. Desta vez não te citei porque acho que exagerei um pouco. E talvez você se zangasse. Se quiser conferir.

Celinho Boy said...

Alessandra, eu tinha medo daquelas logos estáticas que aparecia na TV quando esta saia do ar. Temia que aquilo saísse da Tv e nos engolisse. Também tinha medo do fim do mundo a até do mun-ha dos thundercats. Caso eu fizesse uma travessura ou não os obedecesse, aluguns irmãos diziam "antigos espíritos do mal..." Na verdade tinha medo que ele realmente existisse. Bem, tinha tantos outros medos... Beijos e abraços alessandra

Unknown said...

Eu tinha muito medo do filme "o exorcista", me pelava de medo só de ver a propaganda que era repetida incessantemente no SBT. Só tive coragem pra assistir o filme aos 18.
Me borrava também quando via o Bento Carneiro (pasmem Vocês).
O Paiva Neto tambem me assustava.
Até hoje tenho medo da Elke Maravilha.
A loira do banheiro a qual vocês se referiram tem uma versão diferente em Brasilia: uma garota teve sua boca obstruida com algodão enquanto era estuprada por dois ou três facinoras com a sua fronte mergulhada na privada de um banheiro de escola. Rebatizada "Maria Algodão" ela passou a fazer aparições post mortem para garotinhos de colégio. As aparcições pra mim são lorota, pena que a historia seja real, virou lenda urbana no DF.

André Gonçalves said...

eu tinha medo de um comercial de uísque com o david niven. era passport? eu tinha calafrios, e suava de medo.

L-A. Pandini said...

Escrevi uma resposta e resolvi transformá-la em post... Veja:

http://pandinigp.blogspot.com/2007/12/e-pensar-que-eu-tinha-medo.html#links

Beijos. (LAP)

Anonymous said...

Eu tinha medo da Cuca do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Mas era da primeira versão, agora ela não provoca medo em ninguém.

p edro said...

Eu tinha medo de rolar (sim, rolar mesmo) e não conseguir voltar pro lugar. Como se fosse ficar parado ali, igual a uma tartaruga, imóvel, até aparecer alguma alma boa e me desvirasse daquela posição incômoda. Tinha medo disso. E da Bruxa do Cimento Branco lá de Vista Alegre, bairro onde meus primos moravam no Rio de Janeiro. Acreditei por muito tempo nisso...

Anonymous said...

Oi Alê

Lendo os comentários falando dos medos de cada um,cheguei à conclusão que a geração de vocês não tem idéia do que era ter medo quando criança.Pois a maioria tinha medo de alguma coisa que aparecia na TV.
Mas para a minha geração o medo maior era do desconhecido.
Ouviamos os adultos conversando e contando estórias assustadoras falando de fantasmas lobisomens e monstros
Em nossa imaginação os personagens de tais estórias pareciam aterrorizadores.
Quando criança o que mais ouvíamos era .
CALA BOCA! ISTO NÃO É CONVERSA PARA CRIANÇA
Isto queria dizer que não podíamos perguntar ou opinar mas tinhamos que ouvir tais relatos.
Uma daquelas estórias era a seguinte:
Certa noite uma mulher caminhando com seu bebê no colo, enrolado em um xale indo em direção à casa de sua mãe ,em busca de remédio, foi atacada por um cachorro feroz ,que abocanhava o xale tentando arrancar-lhe o bebê (ainda bem que naquele tempo não existia Pit-bull).
Ela lutou desesperadamente e conseguiu fugir, foi para a casa da mãe.
Pela manhã bem cedo retornou para a sua casa e.....TCHAN,TCHAN ,TCHAN,TCHAN!!!!!
Encontrou o marido dormindo.
Qual não foi a sua surpresa ao constatar que o marido(coitado devia ter problemas de adenóides pois dormia com a boca aberta)tinha fiapos do xale entre os dentes.(que porquinho foi dormir sem escovar os dentes).
E o piór nunca me contaram o final da estória
Eu sempre me pergutava o que aconteceu ao pobre homem.Será que o mataram? Sera que existia remédio para tal mal?
Afinal a mãe e o bebê poderiam ser devorados em qualquer noite de lua cheia.
Naquele tempo as mulheres não podiam se separar dos maridos.
Será que ela continuou dormindo com o lobisomem?
QUE HORROR!
Coclusão:
Eu tinha medo de cachorro,tinha medo de andar no escuro,tinha medo de qualquer pessoa que eu imaginasse pudesse virar um lobisomem.
Imagine o que podia passar na cabeça de uma criança ouvindo tudo isso.
De vez em quando ficava olhando nos dentes dos meus tios ou qualquer conhecido para ver se eles não tinham fiapos de xale nos dentes.
Quanto ao meu pai isto não tinha perigo,afinal ele era o protetor e guarião da familia.
Ah! a imaginação pode fazer o medo ser maior ainda

Capelli said...

Eu tive dois medos que marcaram muito na minha infância.

Um era da abertura do Fantástico. Aquelas mulheres mascaradas, dançando com roupas coloridas cheias de penduricalhos, aquilo me assustava muito. Tinha uma de cartola então... que eu tinha paúra. Bastava começar a musiquinha: "olhe bem, preste atenção..." que eu começava a gritar e chorar pela casa. Tenho uma lembrança bastante vívida disso, e olha que eu não tinha nem 3 anos.

Também tinha medo do Sócrates, aquele macaco-homem do humorístico Planeta dos Homens. Aquele bicho era muito feio e o timbre agudo de sua voz me causava arrepios.

De situações na vida real, nunca tive medo. No máximo do escuro, aqueles monstros que a imaginação cria nessas situações, mas nada tão real como uma abertura que entrava sem avisar na minha TV.

Alessandra Alves said...

edu: a próxima vítima! obrigada

ron groo: esse seu pesadelo de acordar e não saber mais ler é aterrorizante, hein? eu, antes de começar a correr, tinha sempre o pesadelo de estar andando pela rua e de repente me perceber sem roupas! e daí instalado o desespero de tentar me esconder. um dia vou escrever sobre pesadelos.

celinho: medo do fim do mundo deve ser um dos mais antigos medos da humanidade, né? a gente que presenciou a virada do milênio tinha esse momento de ruptura como algo meio místico, né? como se algo realmente de outro mundo fosse acontecer.

sidinei: eu sempre ficava impressionada com filmes de terror, até que começaram a aparecer aqueles filmes de "terrir", tipo "a hora do espanto", daí relaxei.

andré: desse eu não lembro, mas o david niven tinha um talento especial para dar um certo medinho mesmo, concordo.

luiza: e era pra ter medo mesmo, já que a primeira cuca - dorinha duval - matou o marido! ai, não resisti...

pedro: esse seu medo de rolar... nunca vi nada parecido.

anônimo: (é você, zoca?)sua história me fez lembrar de relatos da minha avó, que eram bem nessa linha mesmo. minha avó, que veio do interior para são paulo em 1940, contava que uma vez viu algo que ela achou ser a mula sem cabeça. em pleno tucuruvi! eu acho que os antigos tinham o hábito de controlar as crianças pelo medo, daí vinham tanto essas histórias quanto o terrorismo de que tudo era perigoso. em vez de ensinar a garotada a nadar, eles preferiam contar histórias de gente que tinha se afogado! gostei da sua observação, de como o medo dessa geração na faixa dos 30 e poucos tem a ver com a televisão. será que as crianças de hoje vão relatar medos relacionados à internet?

capelli: esses meio homens-meio macacos também me assustavam um pouco, desde o seriado "planeta dos macacos". sobre a abertura do fantástico, já ouvi muitos relatos de gente que tinha arrepios de ouvir a musiquinha por associá-la à segunda-feira. mas medo infantil, essa foi a primeira vez...

Anonymous said...

O primeiro pavor que eu lembro de ter tido foi ver a cara do Charles Laughton como Quasímodo em "O Corcunda de Notre-Dame", na TV, quando eu tinha uns quatro anos. Quando tinha uns sete, lembro de ter ficado com medo de um desenho do Shadow Boy (em que as pessoas ficavam com três cabeças) e um episódio de Robô Gigante em que apareciam uns vampiros...

Mas sem dúvida uma matéria do Fantástico (olha ele aí de novo...) sobre as Profecias de Nostradamus no ano de estréia do programa deixou-me sonhando com o fim do mundo durante anos, mesmo depois de eu ter deixado de levar o Nostradamus a sério.

niltonhc said...

O Uri Geller dessa foto tá parecendo o Ritchie... Hehehe...

Gabriel Pandini said...

Concordo com o medo de tudo isso não se esque-sa que eu já levei um susto com um Taz

Anonymous said...

Eu tinha medo de um bandido famoso por estas bandas (Minas Gerais), chamado Ramiro da Cartucheira. Mãe que queria deixar o filho pianinho era só ameaçar com a presença do dito cujo. Aí a gente comia a verdura, tomava banho, voltava da rua cedo, fazia o dever de casa, o que fosse para manter tal ser distante de nossas pequenas almas.

Quando adolescente, travei de medo ao ver um filme chamado "Força Sinistra". A tal película tratava de uns vampiros extra-terrestres que eram capturados no espaço em estado de hibernação por uns astronautas desavisados. Trazidos para nosso pequeno planeta azul, as tais criaturas acordavam e começavam a perambular sugando a força dos terráqueos pela boca. Era temível mas sensual, pois um dos vampiros era uma vampira, que andava pelada dando beijos nos incautos e sugando sua força. Só consegui ver o filme todo na terceira ou quarta vez que passou na televisão. E bem podes imaginar a impressão que a tal mulher nua causava em um adolescente de 16 anos, em tempos que não existia internet para nos refestelarmos com a pornografia quase infinita dos dias de hoje.

Abraços,
Júlio - Belo Horizonte