Thursday, October 05, 2006

O adestrador para presidente

Nos arredores da avenida Paulista, perto dos prédios da Gazeta, da Jovem Pan e da tradicional maternidade Pro Matre, perambula habitualmente um adestrador de cães. Passo de carro por ali, todo dia, na hora do almoço, a caminho da academia. Já o vi com vários animais diferentes. Minha pouca afinidade com os bichos me faz ignorante quanto aos nomes das raças. Há algum tempo, andava com um daqueles que parece uma salsicha, igual ao do antigo comercial da Cofap (ainda existe essa marca de amortecedores?). Nos últimos dias, é um cão corintiano, alvi-negro de pelagem longa, parece a Lessie.

O homem tem aparência simples. Baixinho, moreno, veste sempre uma camiseta com a inscrição “adestrador” no peito. Deve ter orgulho da função e não é para menos. De algum tempo para cá, quando o avisto, já não foco o olhar nele e no cão, mas nas pessoas à sua volta. Invariavelmente, olham-no enternecidas, com bocas de sorriso tímido. Há que ter coragem para sorrir escancarado no centro financeiro-nervoso de São Paulo. Meio sorriso já é um evento.

Em todas as vezes que o observei, atentei menos para a coreografia dos cães e mais para a dinâmica do adestrador. Os bichinhos sentam, deitam, equilibram-se em duas patas, oferecem uma das patinhas, nada que não se tenha visto em programa dominical. Mas o que me encanta é a condução do processo. O homem orienta os cães em voz baixa, não faz gestos abruptos. É um paradoxo dos gigantescos: um homem falando em voz baixa com um cão, a uma quadra dos decibéis enlouquecidos da mais paulista das avenidas.

Ora, dirão os entendidos, o cachorro tem o ouvido melhor que o nosso, escuta mais, por isso não se precisa gritar. Ah, é? E o amor nos olhos daquele homem, que lei da Física explica? E seus gestos brandos, e sua calma, e o respeito que denota a cada nova ordem? Nas minhas observações no entorno, vejo a admiração dos transeuntes. Não sei dizer o que lhes vai na alma. Se mais os impressiona a obediência e a capacidade dos cães em atender as ordens do mestre ou se, como a mim, encanta a eles a delicadeza do adestrador.

Chegou a se agitar em mim um pensamento torto, rebelde, tolamente incendiário: sadismo dessa gente! No fundo, queremos ver um homem dominando um animal, fazendo-lhe submisso. Aquietou-me o bom pensamento: isso é educar, ensinar, incluir no convívio do grupo. Há que fazer isso com as crianças, com os animais domésticos. O educador Paulo Freire já ensinou: mais importante que a educação é a “amorização”.

Sonho com o dia em que todas as relações sejam como as desse homem com seus bichos. Amor, amor, amor. Com amor se ensina, se corrige, se acostuma, se molda, se cresce. É demais sonhar com um país que se paute por isso? Se for demais, sinto muito. “Eu nunca quis pouco.”

19 comments:

Alessandra Alves said...

"Eu nunca quis pouco" é citação de Caetano Veloso, na música "Muito", do disco que leva o mesmo nome e que tem também "Sampa", feita para esta megalópole que nos traga.

Anonymous said...

A Cofap foi vendida para a Magneti Marelli, mas ainda existe... E o Sr. Kasinski abriu então a fábrica de motos... Ele aparecia fazendo peripécias com uma moto numa propaganda.

Quanto ao amor... hmmm, cof, cof, cof, como eu posso dizer isso aqui? Tem gente olhando.

Anonymous said...

Hello, Alessandra. "...a uma quadra dos decibéis enlouquecidos..." é muuuuuuuito bom! Bom mesmo.
Deixa perguntar, sério: voce já escreveu algum livro? Está publicado? Eu gostaria de adquirir.
Mudando de assunto, Alessandra, queria te pedir um help pra me explicar essa letra, a seguir, de um lindo demais da conta tango brasileiro do Luiz Melodia (ouvindo agora com a Elza Soares):

"Devo de ir,fadas,
Inseto voa,cego e sem direção...
Também te vi, ai, nada!
Ou fada borboleta, ou fada canção...

As ilusões, fartas,
A fada com varinha virei condão.
Rabo de pipa, olho de vidro,
Pra suportar uma costela de Adão.

Um toque de sonhar sozinho
Te leva em qualquer direção.
De flauta, remo, ou moinho,
De passo a passo, passo ..."

Putz, não entendi nada. A melodia é maravilhosa, a interpretação da Elza é fantástica (parece que ela está acreditando em cada palavra que diz), o arranjo é maravilhoso e minha auto-estima está lá no ralo da pia, devo ser o maior burro. Dá alguma dica pra mim?

Anonymous said...

Esse homem ama o que faz.
É simples.

Jonny'O

Alessandra Alves said...

edu: lembrei das propagandas do kasinski que você mencionou. eram bem divertidas mesmo. um velhinho doido. também, com a grana que deve ter levado na venda da cofap, dá para fazer palhaçada em rede nacional.

quanto ao amor, ora, ora. cá entre nós, vai...

mauro: muito obrigada pelas palavras sempre elogiosas. sua pergunta também me envaideceu, ao questionar se já escrevi algum livro. ainda não! mas, tenha certeza, são instigações como a sua que me movem a sair da atual inércia e pôr mãos à obra!

quanto à letra do melodia, pó pará! nem vem! se eu me dedicar a fazer a exegese disso, o que você me despejará depois? djavan (obi, obá, que nem zen, czar, shalom, jerusalém, s´oiaseau)?! estaremos, então, a um passo de tentar decifrar carlinhos brown (farinhar bem, derramar a canção, revirar trens, louco mover paixão, nas direções, programado, emoldurado, esperarei romântico). me nego! prefiro pensar que tais composições foram compostas em outro idioma que não domino, e me deixo levar pela melodia. aliás, a virtude explícita do compositor por você citado está no nome, afinal, ele se chama luiz melodia e não luiz letra, certo?!

jonny´o: e por amar o que faz, faz com perfeição. eficiência total. bonito de se ver.

Zeca said...

Que sorte a desse moço, amar o que faz profissionalmente! E que profissão inusitada?? Imagino encontrá-lo na casa de um amigo comum, ser apresentado e começar a conversar. E a minha surpresa quando perguntar o que ele faz e ouvir: "adestrador de cães"... isso é muito curioso, pois sempre esperamos ouvir médico, jornalista, advogado, economista etc. Mesmo com todas as "novas" carreiras que temos hoje, todas muito conhecidas e valorizadas (barista, chef, sommelier, host(ess), estilista, dj etc.), acho que todos acabamos valorizando mais as profissões clássicas, aquelas que sonhamos para nossos filhos. Aqui na Alemanha (onde estou morando há 3 meses e ficarei até 2008), me parece que se pensa um pouco diferente. As profissões clássicas são naturalmente mais valorizadas, é claro, mas existe um respeito diferente das pessoas com relação a qualquer profissão. Seja você um porteiro, motorista de ônibus ou faxineiro, as pessoas lhe respeitam por trabalhar, por sua excelência na profissão, pelo papel que você cumpre na sociedade. Acho que é um pouco a consciência do "coletivo" que existe na Europa, do respeito pelo que é público e social. Parece que eles entendem que existe espaço para todos, que todos os papéis são importantes, que se só tivermos camisas 10 no nosso time fica impossível ganhar... vide nossa amada seleção na última copa!
Estaria eu viajando demais??!!
Talvez... ouvindo agora Monica Salmaso, "Canário do Reino".
Tschüss, Zeca

Anonymous said...

Hmmm, pelo que eu ouvi dizer, na alemanha, assim como na Inglaterra, a cultura bárbara é mais forte, e valoriza os trabalhadores braçais. Que eu saiba até o ensino fundamental aí na alemanha é separado, para trabalhadores braçais, cargos administrativos e cientistas.. Se fizessem isso no Brasil, diriam que seria exclusão dos pobres... Um desses cursinhos frequentados por filhinhos de papai que entram nas universidades públicas chegou a oferecer cursos técnicos. Fecharam, pois os papais não davam educação para seus filhos serem peões.

É, o kasinki diz que ele abriu a outra fábrica pois não aguentava mais ler jornal. Lia até a seção casal procura..., nada como não ter nada para fazer, não é mesmo? {argh, serei obrigado a dizer isso aqui. O cara cuidava duma das poucas empresas organizadas do Brasil. E só ele mesmo para abrir outra. Falta gente competente por aqui, só no jeitinho não dá. Aliás, só para arremedar, não dá para ser canalha, tem que amar!

Anonymous said...

Só um presentinho:

http://www.youtube.com/watch?v=cE4kIDOu6D0

Alessandra Alves said...

zeca: não acho que seja viagem sua, não! talvez seja sinal do amadurecimento maior de um povo, que age sob um conceito forte de nação. valeria a pena um exame antropológico profundo nessa nossa discussão, mas acho que a falta de respeito ou pelo menos de valorização que temos em relação às profissões "sem diploma" tem raiz na nossa colonização. fomos inventados, como país, a partir de um modelo empreendedor no qual, muito comumente, os pais eram trabalhadores braçais/operacionais que viam nos filhos uma possibilidade de evolução passando, forçosamente, pelo diploma universitário. quantos de nós não descendemos de famílias cujos avó eram operários, pequenos comerciantes que se tornaram até bem sucedidos, mas faziam questão de ver os filhos "doutores"?

as profissões clássicas - médico, engenheiro, advogado - não significavam apenas melhores condições econômicas, senão também uma clara diferenciação social. é nossa velha tradição de separar casa grande de senzala.

há outro componente cultural forte na nossa formação. os pais procuram livrar os filhos dos "sofrimentos" que passaram. se o pai não pôde estudar, teve de trabalhar desde cedo e se vê algo frustrado por isso, procura evitar que o filho passe pela mesma situação, o que é algo até natural. o que os pais não percebem, ao criar essa condição super-protetora, é que justamente essa dificuldade tenha sido um fator formador de sua personalidade e de seu fortalecimento. isso me parece muito diferente nas culturas latinas em relação a países como a alemanha, onde você mora.

aliás, eu fiquei curiosa para saber da sua experiência aí. tentei linkar no seu blog, mas apareceu apenas o seu perfil. você não quer deixar seu link aqui para nós?

edu: acho que minha resposta para o zeca elucida o que penso sobre essa questão doutores x peões. mas você acrescenta um dado que é muito real. as instituições voltadas para a formação de técnicos/operários não costumam atrair jovens de classe média e alta. normalmente, destinam-se a capacitar alunos de baixa renda. será que isso muda no brasil, um dia?

ah, tá me dando uma coceirinha, não consigo não-falar: será que muito da rejeição das classes média e alta em relação ao presidente lula não está nessa contraposição doutores x peões? eu acho que tem uma forte relação, sim. eu ouvi isso, certa vez, de uma pessoa simples, ainda na eleição de 2002: "não entendo como você, que tem faculdade, vai querer para presidente um ignorante como o lula", evidenciando como a questão da formação acadêmica é um valor importante e aspiracional para nossa sociedade.

adorei o clip do raul! aliás, estou para escrever um post sobre músicas malucas e "lucy in the sky with diamonds" talvez seja a locomotiva dessa safra. na página do you tube que você me mandou, vi outros clips do raul e me lembrei de quando eu tinha meus seis, sete anos e tinha medo dele cantando "eu nasci há dez mil ans atrás", num clip do fantástico. rapaz, não sei dizer quem me metia mais medo na minha infância: se raulzito com longas barbas brancas ou ney matogrosso com sua maquiagem psicodélica!

Zeca said...

Edu, realmente o clip do Raul é demais! Sobre o sistema de ensino aqui, você tem razão, eles dividem os alunos. Como curiosidade, todos os alunos, sem exceção, estudam pelo menos 11 anos (é obrigatório ir a escola! lei!). Após os 8 anos básicos, os professores indicam o próximo nível com base no desempenho do aluno: nível 1-mais 5 anos de estudo, podendo depois fazer universidade nas carreiras clássicas, 2-mais 4 anos de estudo, podendo fazer universidade em outras carreiras (ex.: letras) ou cursos mais técnicos ("universidade" de 3 anos, por exemplo, estudando informática) e 3-mais 3 anos de estudo. Os alunos do nível 1 conseguem a carreira que quiser, do nível 2 cargos administrativos (ex.: funcionário de agência de banco) e do nível 3 cargos mais braçais (operários, motoristas etc.). O que vejo de bom aqui é que todos, realmente todos, vão à escola, do contrário os pais são punidos (precisam pagar mais impostos etc.).

Alessandra, acho que este conceito forte de nação, como você coloca, é a grande diferença dos países desenvolvidos para o nosso querido Brasil. A consciência do coletivo, de que todos fazem parte da sociedade e cumprem um papel importante, é muito forte. E realmente os pais brasileiros (talvez de qq lugar do mundo) se preocupam em não deixar que os filhos sofram o que eles sofreram. Lembro muito da grande preocupação que meus pais tinham com minha educação e a do meu irmão, eles queriam que nós tivéssemos o que els não tiveram, oportunidade de ir à escola etc. Quando nos formamos na universidade, eles nos disseram que cumpriram sua missão!

Sobre minha experiência na Alemanha, terei o maior prazer em compartilhar. O único problema é que não tenho ainda um blog com B maiúsculo (como o seu!), que talvez seja interessante prá vocês. Criei meu usuário, mas graças à preguiça com que fui abençoado, simplesmente não escrevi nada. :-)
Eu e minha esposa temos apenas um blog beeem informal, em que narramos algumas impressões das viagens que estamos fazendo por aqui. Algo que permita família e amigos nos acompanharem mais de perto. Se quiserem visitar, "Herzlich Willkomen": http://360.yahoo.com/jcpjusa. Se você quiser, me mande um email, podemos conversar sobre minha aventura aqui em Vater Deutschland(jcpjusa@yahoo.com), sehr gern!

Anonymous said...

Aliás, eu não gosto do Lula, ehehehe!

Ele não é um peão, ele não é um torneiro. Eu conheço torneiros de verdade, e são as pessoas que tem a maior satisfação do que fazem. Nunca vi doutor mais orgulhoso do que faz que um torneiro, e a quantidade de torneiros com tal orgulho é inacreditável. É o amor pelo que fazem. Eu sou frustrado por não ser torneiro!

Eu acredito que o Lula aproveita a imagem do povo honesto e trabalhador em causa própria. Assim como, de outro modo aproveita a imagem da igreja. O arcebispo do Rio, que falou que o Lula não era católico, era caótico, é o mesmo que foi perseguido nessas eleições por fazer propaganda anti-aborto. O Lula é abortista, e nem o FHC que é ateu fez o que o Lula fez, retirando os religiosos da discução e deixando apenas para as feministas.

Meu irmão estudou em colégio de elite, e virou petista. Eu estudei na escola da prefeitura, meus colegas de lá foram parar desde a FEBEM (um gênio da bola), a até na EMBRAER (o pai era um peão da Monark). Por isso que eu não aguento ouvir falar de pobre, só os usam para servir de tapete vermelho pra politico.

A verdade é que nem os doutores e nem os peões são donos da verdade, nem os pobres e nem os ricos. Quem pode se aproximar da verdade é uma pessoa, e nunca uma classe, uma fatia, seja lá o que for.

Deixa eu correr antes que minha mãe me mate!!

Anonymous said...

OPs, sobrevivi!

Ao contrário do que possa imaginar os doutores, um torneiro é um pessoa culta. Tem cultura de máquinas, ferramentas, materiais, processos. E o que satisfaz mais o homem que seu conhecimento, é o colocar em prática para o bem. O que de fato um torneiro consegue fazer. Se um homem é aquilo que quer, que pensa e que faz, um torneiro consegue facilmente ser um homem pleno. Assim como o tal adestrador é um homem pleno, o que quer é o que pensa e o que faz.

Na classe dos doutores é mais difícil atingir tal grau de satisfação. Um título de doutor não indica seus poderes, mas suas responsabilidades. Uma pressão muito sobre a pessoa.

Agora, nada mais frustrante e ilusionista que uma carreira política, porque aquilo que quer não tem nada a ver com aquilo pensa e muito menos com o faz. Em teoria ele é um homem corrompido mesmo antes de receber mensalões. Sinceramente eu não sei porque isso acontece, mas e parece que os políticos querem para si atribuições que não são suas. Não se resolve o problema do mundo com a política, até mesmo porque os politicos não sabem nem mesmo qual o problema dele!

Só para adicionar: uma pessoa plenamente ignorante, que nunca tenha recebido qualquer tipo de conhecimento externo, ela ainda pode conhecer a si mesmo. O princípio de todo conhecimento.

Anonymous said...

Ahhh, eu já tô bravo mesmo:

O Lula veio com aquela palhaçada de Fome Zero, como se nós vivessemos na Somalia.

Só que nesse país ninguém tem coragem de esfregar na cara que o homem do fome zero matou um punhado de indiozinho por subnutrição.

Eu comecei aqui falando que o adjetivo cabe a pessoa, e não a uma classe. Avaliar a classe é avaliar as tendência do meio, e não a realidade individual. Portanto, quando eu falo mal do Lula, eu falo mal do Lula e não das classes a qual ele "pertence".

Porém é justo também avaliar a classe. A classe indica uma tendência, mesmo uma tendência de classe não classificando um indivíduo.

Quando nós pensamos em pobres, na nossa mente vem a imagem de uma maioria avassaladora de pessoas honestas e trabalhadoras. Mesmo assim a mídia nos induz a acreditar que o problema da violência é uma relação restrita a pobreza e desigualdade social. A nossa própria avaliação de consciência desmente essa falácia. A pobreza não é um meio que subverte a pessoa a violência.

Não se pode discriminar um viado, agora discriminação (e criminalização) da pobreza é institucionalizada pela mídia.

Os pobres são maioria, e portanto são maioria de pessoas honestas e não honestas.

Por outro lado, quando pensamos em politicos vem a tona uma grande maioria de corruptos, ladrões. Como é que uma grande maioria de corruptos e ladrões pode querer resolver o problema do país? Eles são o verdadeiro problema! Não há meio mais subversivo que a politica. É tolice dizer que eles fizeram alguma coisa para melhorar a vida do povo, tudo que fazem é pilhar suas riquezas, seus direitos, tornando seus sonhos em ilusões com falsas promessas.

É tolice achar que os problemas de um país vão se resolver pelas maiores organizações criminosas do próprio. Defender politico pra mim é defender que o crime compensa e é certo. O Paloci abrindo comite pró-FARC (e outros criminosos do PT que os dão tratamento de chefe de estado), enquanto proíbem a tal da "elite" de trabalhar honestamente, pois se ela pagasse seus impostos corretamente teria 60% de seus lucros pilhados. Nós vivemos num país onde é quase impossível ser honesto, e isso é triste. Se depender dos politicos seremos cada vez mais desonestos, essa é que a verdade.

Definitivamente, o adestrador para presidente! Pô!

Alessandra Alves said...

edu: suas colocações dão pano pra manga. infelizmente, por hora não tenho condição de debater com você, mas prometo retomar assim que possível, se você quiser. tá a fins?

Anonymous said...

Se você quer discutir comigo é porque acredita que a discussão pode ser construtiva. Seu desejo é pra mim um voto de confiança, como eu poderia negar?


Se prefirir por e-mail: eduardo.cabral@gmail.com

Abraço,
Edu

Anonymous said...

Gente!
Quem puder me explicar a letra de: Maria de Verdade, gravação Marisa Monte eu agradeço hehehe porque eu não entendi nada ... mas a melodia é linda demais ... tem algum tradutor maluco beleza por aqui?
Beijo!
e-mail: cleidefaustini@yahoo.com.br

Anonymous said...

Alessandra, é a primeira vez que visito seu blog. Cheguei aqui por conta da indicação de seu post em uma lista de discussão sobre adestramento esportivo de cães rs. Um dos colegas participantes deixou o link. O texto é muito bom. Nada mais inusitado do que um adestrador trabalhando justamente na Paulista. Muito legal a forma como você abordou o assunto. Vou virar frequentador do seu blog rs.

Anonymous said...

Caro Edu, nós, brasileiros, temos a mania de tratar a classe política brasileira como se ela fosse formada de seres extraterrenos. Não é; é uma classe formada por brasileiros, pessoas nascidas neste país. Acho que há uma inversão, quando dizemos que o país (ou a Nação) é reflexo da classe política. Penso que seja justamente o contrário disso: a classe política é que é reflexo da Nação, pois é desta que saem os políticos. É bem cômodo para nós todos jogar a responsabilidade nas costas dos políticos (não que eles não tenham que ter responsabilidade), mas não podemos nos esquecer de que fomos nós, o povo brasileiro, que elegemos essas pessoas. Nós os elegemos e achamos que nossa obrigação termina aí, entretanto ela apenas começa nesse ponto. Deveríamos acompanhar o trabalho de quem elegemos, cobrar o que foi proposto em campanha, só que não fazemos isso, e o motivo de não o fazermos é tema pra outra conversa, mas acho que sabemos por que, não é?
Abraço

Anonymous said...

Ola, what's up amigos? :)
In first steps it's very nice if someone supports you, so hope to meet friendly and helpful people here. Let me know if I can help you.
Thanks in advance and good luck! :)