Imagine um piloto que está há mais de quinze temporadas em uma categoria principal do esporte a motor, já tendo ocupado posições de destaque em equipes de ponta. Apesar do longo período na categoria top, jamais foi campeão mundial e contabiliza apenas sete vitórias no período. Depois de um ano afastado dessa categoria, retorna em uma equipe pequena. Na sexta corrida da atual temporada, consegue um resultado expressivo, chegando em terceiro e subindo ao pódio.
Este é Alexandre Barros, o único brasileiro no Mundial de Motovelocidade há muitos anos. Barros corre atualmente pela modesta equipe Pramac d´Antin. O pódio obtido na corrida de Mugello, na Itália, no último domingo, seria o mesmo que a Super Aguri chegar em terceiro em um GP da Fórmula 1. Justifica-se, portanto, a alegria dos mecânicos e engenheiros do time assim que acabou a corrida.
Barros é um tremendo gente boa, conheci-o quando eu trabalhava na Folha e era uma espécie de sub-Flavio Gomes. O Flavio cobria a Fórmula 1 e eu, as outras categorias a motor. Barros já estava no Mundial de Motos havia alguns anos, mas nunca teve qualquer traço de afetação. Uma vez, precisei de uma foto dele para publicar. Não teve dúvidas: pediu ao pai, "Seu" Coelho, que levasse para mim, na redação. Outros tempos, sem internet...
Barros continua o mesmo cara tranquilo, pelo que me dizem. Vive de pilotar moto na principal categoria do mundo e não transparece nenhuma frustração por não ter sido um super campeão como o foram Michael Doohan ou Valentino Rossi, seus contemporâneos.
E então reflito: tudo é uma questão de como se encara a vida, né? Alguns, com um histórico desse, se sentiriam (se sentem) ultra-frustrados. Só que, nesses quinze anos, nunca ouvi Barros se auto-proclamar mais do que ele é, vestir o manto do herói, posar de vítima, nada disso. Por isso, ninguém lhe aponta o dedo na rua chamando-o de perdedor nem o compara com tartarugas.
Boa, Barros, parabéns pelo pódio!
Tuesday, June 05, 2007
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25 comments:
A imagem símbolo de Alexandre Barros é ele atendendo aos fãs nos boxes de Interlagos, no final de 1993. Ele havia vencido pela primeira vez na 500 (na última corrida da temporada) e semanas depois estava aqui, participando de uma corrida do Campeonato Paulista.
Barros venceu essa prova. Era a estrela do dia, mas não havia seguranças, nem cordão de isolamento nos boxes, nem "empresário" por perto. Quando não estava pilotando, descansava em uma cadeira de praia e ali atendia, com simpatia e boa vontade, a qualquer um que o procurasse, fosse jornalista ou fã. Deu tantos autógrafos quantos foram solicitados. Tranqüilo e de bem com a vida.
Nessa mesma época, certos pilotos de F1 e até de categorias inferiores já se comportavam com um estrelismo insuportável - graças, também, a seus "empresários". Que diferença!
Nem sei mais o que escrever sobre Alexandre Barros, nosso heroi solitario,de tantos blogs que deram destaque a sua bela participação no ultimo GP.
Quando ele assinou com a Cagiva em 1990 ,era um sonho que se realizava para mim ,um seguidor quase fanatico por motovelocidade ,todos os meses era aquela espera para ver as reportagens da Motoshow com o fantastico Gabriel Rochet ,para mim um verdadeiro Deus nos textos.
Mal podia acreditar que teriamos enfim um brasileiro correndo na categoria rainha ,as 500,e equipe de fabrica .
E andou bem ,menos que o Mamola e mais que Ron Haslan ,um ingles que era insuperavel nas largadas e muito regular,mais que nunca venceu uma corrida.
Mas o grande professor do Barros foi Lawson ,contrado pela equipe italiana em 91.
Quando Alex assinou com a Suzuki em 93 veio então sua primeira vitoria ,na ultima corrida em Jarama, foi um feito e tanto,pois naquela epoca o mundo do motociclismo era dominado por americanos e australianos que dominavam como ninguém a tecnica de derrapagem controlada nas saidas de curvas e nosso piloto era competitivo.
Agora em 2007 os astros das 500 2t se foram ,uma geração totalmente diferente domina agora as 800 4t,e entre eles está ele ,Barros ,que tem uma carreira entre os top ten inigualavel na historia da categoria.
E quando ele parar ,pelo jeito não teremos mais por quem torcer no mundo das duas rodas.
Jonny'O
Finalmente, encontrei que pensa EXATAMENTE como eu no que diz respeito a ídolos e fãs do esporte a motor atual. Mais uma vez, parabéns pelo texto.
"Conheci" o Alexandre Barros em 1994, se não me engano, num campeonato de Fliperama que rolou no Playland do Shopping Morumbi. Curiosamente, o jogo era o "Suzuka 8 Hours" e, embora o game não tivesse quase nada a ver com a realidade, ele andava barbaridade, junto com o irmão, César.
Para a minha sorte - e dos demais 15 finalistas - no dia do torneio de verdade ele não correu. Tava na Espanha correndo de 500cc e inclusive levou um tombaço. Mas, segundo o irmão dele, tava tudo bem.
O César disputou a final, mas acabou ficando em segundo, um japonesinho ganhou o prêmio, que era uma Honda C100 Dream, lançamento na época.
E, realmente, o cara era tão simples, tão na dele, que nos primeiros dias de qualify a gente até ficou na dúvida se era mesmo ele...
E ainda vencerá uma prova pela Pramac D'Antin este ano, podem me cobrar....
E não lhe faltarão oportunidades. Vêm aí pistas onde o talento prevalece sobre a máquina: Assen (mesmo mutilada), Donington Park, Sachsenring, Misano Adriático. É só classificar melhor que ele chega na frente. Se largando em décimo, chegou em terceiro no GP da Itália, imagine saindo nas duas primeiras filas.
Dá-lhe Alex!
Sinceramente, nem sei o que acrescentar depois do que foi dito acima, já falaram tudo.
Só que queria deixar registrado a surpresa (boa) do post sobre o Alexandre.
Luizano
Ninguém o aponta na rua pra chama-lo de loser ou cobrar alguma coisa, alessandra, simplesmente porque ninguém conhece o cara...
Excelente texto, sra. Alexandra Alves. Resumiu excelentemente a personagem importante que é Alex Barros no motociclismo de velocidade, e a nivél Mundial. Os meus parabéns. Muito se fala do jornalismo brasileiro ser bairrista, não acho, a senhora provou isso.
PS: Marcio Gaspar, és um grande cromo e tens dor de cotovelo de não ser como ele.
Ola Alessandra, tudo bem? Parabens pelo seu blog! Estou divulgando a Copa Nextel e o Blog do Pimentel.
Vc já recebeu o kit com Calendario e Boné da Copa Nextel 2007?
Caso tenha interesse em receber, por favor envie por email um endereco de correspondencia para q possamos envia-lo.
Obrigado desde ja' e sucesso!
Ola Alessandre, acho q na mensagem anterior minha assinatura nao funcionou. Meu email é wagner.tamanaha@colmeia.tv
Desculpe pela bagunça :-)
Curioso, minha mais tenra lembrança do Alex Barros foi de uma prova de ciclomotor vencida por ele, no longínquo ano de 1979, em Interlagos. Creio que ele devia ter uns oito anos.Lembro-me bem pois no mesmo dia ele foi treinar de kart e o pai lhe perguntou qual era sua decisão. Creio que escolheu certo.
Sensacional, Alessandra. Texto curto e direto. Resumiu facilmente tudo o que penso a respeito do "ultra-frustrado" em questão e do próprio Alexandre Barros.
Alexandre é daqueles caras que, pelo caráter e pelo talento, merecia melhor sorte. Um título mundial coroaria uma carreira e uma pessoa magnificas. Mas, como você disse, ele está de bem com a vida, feliz, faz o que gosta e vive numa boa.
Até mais!
pandini: e isso um ano depois do gp do brasil de moto realizado em são paulo, uma bagunça generalizada que entrou para a história como um grande fiasco, evento no qual barros era a grande estrela brasileira. não saiu chamuscado nem assim.
jonny´o: muito legal o resumo que você fez da carreira do barros. e você chamou a atenção para um fato importantíssimo. o barros talvez seja o elo entre essas duas gerações, um cara que aprendeu a pilotar no mundial na era das motos dois tempos e se manteve na competição depois da troca de equipamentos. ou seja, o cara é talentoso e pilota o que tiver duas rodas, seja em que configuração for. também gostei de lembrar da fase da cagiva. na época do gp do brasil de 92, que mencionei acima, barros e lawson eram companheiros de equipe. que dupla simpática! aliás, aquele gp vale um post à parte. pode me cobrar!
marcog: veja que o fato por você mencionado aconteceu no ano seguinte à primeira vitória dele no mundial. ou seja, o cara já era um top da categoria mas não mudou seu jeito por causa disso.
caíque: que deus te ouça e os anjos digam amém!
mattar: e diante do seu comentário não consigo conter um veneninho. pois é, vêm aí pistas que podem favorecer o talento sobre a máquina, pena que isso não vale para a fórmula 1, vide a procissão de monte carlo...
luizano: pelo jeito, o pessoal gostou. vou voltar ao tema mais vezes. obrigada!
marcio gaspar: puxa, rapaz, você faz umas provocações que me animam, sabia? de cara, digo que não concordo com a sua colocação, mas acho a cutucada um excelente tema para o debate.
vocês, aí, ouviram o que o marcio falou? vou repetir: "Ninguém o aponta na rua pra chama-lo de loser ou cobrar alguma coisa, alessandra, simplesmente porque ninguém conhece o cara..."
hum... será?
vou explicar por que razão eu não concordo, marcio. na história do esporte a motor do brasil, há diversos pilotos que tiveram desempenhos pouco significativos na fórmula 1 e, mesmo entre os admiradores do esporte, não são ridicularizados como costuma ser o barrichello. vou citar alguns dos mais recentes: mauricio gugelmin, roberto moreno, christian fittipaldi, pedro paulo diniz, tarso marques, cristiano da matta. esses pilotos não são exatamente desconhecidos, o que apóia a minha tese de que não é fato de ser quase anônimo para a maioria das pessoas que preserva o prestígio do barros. entre esses que eu citei, da fórmula 1, há alguns melhores que outros, sem dúvida, mas nenhum deles chegou a ser vice-campeão mundial de fórmula 1, como foi o barrichello. no entanto, o público respeita mais o terceiro lugar do gugelmin no gp do brasil de 1989 que o título de vice-campeão do barrichello em 2004! por que? na minha opinião, por uma diferença de postura, e é isso que eu admiro em pessoas como o barros.
vou me estender aqui um pouco e usar um exemplo do futebol (o pessoal do motor não costuma gostar dessa comparação, mas como sei que o marcio gosta mais de bola que de roda, vamos lá!). telê santana, o técnico da seleção brasileira na copa de 82, uma derrota sofrida para várias gerações. apesar da frustração, e de ser conhecidíssimo, e de ter ficado como um dos símbolos daquela derrota, telê sempre gozou de respeito junto ao grande púiblico. eu, que não sou são-paulina e habitualmente torço contra os times de são paulo que não sejam o meu timão, torci pelo tricolor no mundial interclubes de 92, como forma de homenagear o telê, que merecia um título mundial, na minha opinião. então, concluindo, eu acho que não é o fato de ser muito ou pouco conhecido que atenua os eventuais fracassos de uma persona pública
francisco ao contrário: agradeço as palavras a mim dirigidas, mas não concordo com o ataque ao marcio gaspar. também não concordei com ele, mas minha argumentação está acima. esteja convidado para juntar-se ao debate.
barcamp: obrigada pela visita! volte sempre.
wagner: acho que seu comentário não apareceu, né?
joaquim: história cena, hein?! parabéns pelo testemunho. como seria barros no kart, hein? acho que não saberemos...
hugo: obrigada pelas palavras. eu acho que só o fato de estar há tanto tempo na categoria, com tão pouca divulgação no brasil, já é uma grande vitória para o barros. e, melhor, acho que ele reconhece isso.
Entendo a sua argumentação, Alessandra, mas o que escrevi se refere ao público em geral e não aos 'amantes' da velocidade. é fato incontestável que, se o A.Barros sair andando pela rua em São Paulo ou no Rio, 99% das pessoas não terão a mínima idéia de quem se trata. Só isso, sem 'inveja' ou entrelinhas outras.
Só de um brasileiro (país atualmente com pouca representatividade no motociclismo) está a tanto tempo na Moto GP já é um motivo de vitória, imagine ter vitórias e nas raras vezes que teve um equipamento competitivo, andar entre os ponteiros. Parabéns ao grande Alex, um sujeito acima da média.
PS: eu conheço o Alex Barros sim, azar do Brasil se não o conheçe.
Wallace Michel
Só não concordo com você Alessandra em relação ao desempenho do Roberto Moreno na F1. Ele está na mesma condição do Alex Barros, um sujeito que é batalhador, nunca teve patrocinador, padrinho ou empresário e mesmo assim conseguiu levar uma inguiável AGS a zona de pontuação em sua terceira corrida (recorde de pontuação mais precoce entre os brasileiros). Quem mais conseguiria levar um carro da Andrea Moda a fazer parte de um grid de F-1? Sem falar do prestígio dele como piloto de testes das grandes equipes como a Ferrari. Para ele faltou dinheiro, o mesmo que a Mercedes uso para tomar a sua vaga na Benetton e colocar o futuro Super Campeão Michael Schumacher.
Para afirmarmos que o desempenho de um piloto foi pouco significativo temos que observar as condições que esse tinha para desenvolver sua carreira. Nomes como Christian Fittipaldi, Pedro Paulo Diniz, Antonio Pizzonia e Ricardo Zonta tiveram as melhores condições e se não venceram faltou o principal para um piloto: espírito vencedor, o que nada tem a ver com títulos ou vitórias, motivo pelo qual um Gilles Villeneuve até hoje é lembrado pelos fãs de corridas.
Wallace Michel
marcio: concordo com você que a maioria das pessoas não conhece o piloto, só acho que, se conhecesse, não necessariamente o consideraria um perdedor, por causa da atitude dele. mas aí é uma coisa tão na condicional, né? e, putz, nem liga porque às vezes os ânimos do povo aquecem mesmo.
wallace: como eu disse no texto, entre esses pilotos menos bem sucedidos na fórmula 1, alguns são melhores que os outros, e não há como contestar a capacidade do moreno em relação a muitos deles. repito o que disse em um comentário acima: muita gente respeita mais os parcos resultados desse grupo, e aqui não discuto as condições em que foram obtidos, do que o vice-campeonato do barrichello, e volto à questão da postura de uns e do outro.
ah, em tempo: ninguém comentou e eu também não falei, mas quem não conhece a música não tem obrigação de saber que o título do post é uma brincadeira com a primeira faixa do disco "lóky?", do arnaldo baptista, que se chama "cê tá pensando que eu sou lóky?"
estou em clima de concentração para sábado. mutantes no citybank hall. eu vou!
correção: "cCê tá pensando que eu sou loky" é a sexta faixa desse sensacional disco "loky", e não a primeira, que é "Será que vou virar bolor?".
Bem,o assunto já foi mais que comentado mas gostaria de fazer uma comparação de como as coisas mudam com o tempo.
Hoje em dia talvez por termos um mundo extremamente competitivo ,onde o resultado esta acima de qualquer coisa,as pessoas tem um senso de conclusão muito limitado.
É comum dizer que um piloto que venceu 5 a 6 corridas em sua carreira é um perdedor ,pois nunca foi campeão.Poucos dados e uma conclusão simples e absoluta.
Nos anos 70 por exemplo ,tem um monte de pilotos que tem em seu curriculo uma meia duzia de vitorias e são lembrados como grandes pilotos ,como Peterson ,Villeneuve, Regazzoni,Lafite ,Ickx,Cevert, etc.
A maneira como se julgava um esportista é muito mais amplo e relativo.
Acho que o Barros teria problemas se a motogp tivesse uma preferencia nacional como a F1.
Sorte nossa ,a minoria!
Jonny'O
Maravilhoso texto, Alessandra. O Alex já tinha ido bem numa corrida anterior nesta temporada, chegando em quarto, e agora o pódio! Tomara que ele consiga mais e mais.
Só lamento que ele não tenha um sucessor. Quando ele parar, acho que não teremos um brasileiro de novo na MotoGP.
Alessandra o problema é que o próprio Barrichello não respeita os seus resultados, por conta do tanto de declaração impertinente que ele deu em sua carreira na F-1 (principalmente as declarações tentando justificar a sua condição de segundo piloto na Ferrari). Isso é a falta do espírito de vencedor que sobra no Alex.
OBS: se possível publique aqui no seu blog algumas fotos do show dos Mutantes. Um grande beijo. Adoro seus textos.
Wallace Michel
jonny´o: verdade. você citou pilotos que entraram para a história como mitos, apesar de um número de vitórias individuais comparáveis a, sei lá, barichello, ralf schumacher, fisichella, que não parecem destinados a essa mesma glória. hoje, as chances de vitória são reduzidas a duas ou três equipes, no máximo (não nos esqueçamos que, na atual temporada, apenas piloto ferrari e mclaren subiram ao pódio!!!). e junte-se a isso a mentalidade que impera não apenas na fórmula 1, mas na vida, na sociedade. não basta ser bom, é preciso ser o melhor. que tipo de mensagem disseminam programas como esse "o aprendiz", senão a lógica da lei da selva? é isso que introjetamos (nós, sociedade). sobre sua colocação final, ela vai na linha do que o marcio gaspar colocou aqui. pode ser que o barros fosse ridicularizado pelo grande público. ou não.
renata: obrigada e seja bem vinda! olha, sobre a sucessão do barros, as boas notícias vêm de um garoto de onze anos incompletos chamado eric granado, que já está correndo um campeonato na espanha e, pelo que dizem, é danado de bom. dá uma espiada no site dele, www.ericgranado.com.br.
wallace: pronto, agora vou ter que levar a máquina para o show, né! tudo bem, eu faço o "sacrifício". tomara que eu fique em um lugar legal, e que role um backstage depois. te conto tudo, pode deixar, e obrigada!
alessandra, saudades de passar por aqui.
acho que o barrichelo cometeu um, um gigantesco e imperdoável pecado, entre vários pequenos e perdoáveis pecados: o "aceite" da ordem da ferrari em deixar shcummi pssar na última volta, quando ele, rubens, tinha a corrida ganha. foi aí que ele perdeu toda a confiança dos brasileiros, acostumado s ver seus pilotos darem o sangue pela vitória. ali, rubens sepultou o carinho que o povo brasileiro tinha a ele. e virou só um funcionário padrão das pistas, não um campeão ou talentoso mas injustiçado piloto. se ele ganha aquela corrida, se ele contraria a ordem e chega em primeiro, viraria herói nacional. mas, optou pelo "contrato". rubinho é ridicularizado não pela carreira ou falta de talento, mas pela visão de que é só um cara a fim de faturar, sem encarnar o espírito de desafiador da ordem estabelecida.
beijo.
completando (que coisa longa!): o barros, de quem eu gosto muito, pode ser o último colocado em todas as provas até o fim da carreira. será sempre visto como um batalhador, um guerreiro, um lutador.
pode parecer uma bobagem e até ser. mas, você sabe... o blá blá blá da falta de heróis...
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