Friday, May 08, 2009
Fase de crescimento
Dois personagens que estiveram muito na mídia nos últimos dias. De um lado, Ronaldo, pela final do Campeonato Paulista e pelos dois gols que classificaram o Corinthians na Copa do Brasil. Do outro, Rubens Barrichello, alvo de um gracejo infeliz da ex-jogadora Hortência, que disse que o piloto tem estrela mas, nas palavras dela, o problema é que "ele tem a estrela na bunda e, quando senta no cockpit, ela se apaga."
Ronaldo, em sua mais recente etapa de superação, é tratado com respeito pela mídia e carrega a simpatia até de torcedores que não gostam do Corinthians. E isso mesmo depois de ter se metido em muita encrenca na vida. Já Barrichello, que poderia unir todas as torcidas, uma vez que não representa time nenhum, apenas o Brasil, continua sendo alvo de chacota na mídia e nas rodas de bar.
Por que será?
Deixo o tema aberto para o debate, mas acrescento uma visão do assunto.
Ronaldo deixou de ser Ronaldinho, Barrichello continua sendo Rubinho.
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11 comments:
Penso que o diferencial entre os dois está na língua.
Ronaldo fez muita porcaria sim. Mas sempre de bico fechado:
-Fiz não nego, me desculpo se precisar.
Sem contar que tirando aquela história da copa de 2002 ele nunca decepcionou sua torcida. E mesmo desta ele se redimiu ganhando e bem a copa seguinte.
Já Rubens nem fez tantas, mas falou, falou, falou e falou.
-Fiz, me desculpem, nego quando puder.
E mesmo tendo sido colocado pela Globo como sucessor e tal, coisa que não era, nunca foi e nem nunca precisaria ser, assumiu este papel quase que inocentemente.
Ai então decepcionou todo mundo que acreditou nesta história.
Alê, concordo com seu argumento. Tivemos campeões como Emerson, Piquet e Senna, e não "Emersinho", "Piquezinho" e "Senninha" (descontando, obviamente, o personagem dos quadrinhos).
Felipe Massa também tem uma postura mais séria.
Rubinho e Nelsinho, porém...
olha sao pessoas distintas em profissoes distintas,um faz de um hobby profissao,o maximo que o ronaldo podera se machucar sera operado no joelho e o rubens ja e rubens desde o primeiro dia que assumiu o risco de pilotar profissionalmente,o problema e que nos do brasil consideramos o rubens o rubinho, f1 nao se compara com o futebol nem como paixao pq o publico de f1 nao e de frequentar estadios e vice e versa,futebol e um conjunto ,f1 por mais que se tenha uma equipe por tras quem corre os riscos e apenas o piloto e mais ninguem,olhe um exemplo quantos jogadores campeoes mundiais nos temos? e quantos campeoes de f1 nos temos,por isso o erro de comparar o rubens com o ronaldo...
abraços
Nunca havia acompanhado o Ronaldo, tipo como agora ouvindo nas coletivas e tal.
Merece nosso aplauso.
Ele quando abre a boca sabe falar e se comunicar.
Alessandra, a questão é interessante e o seu argumento válido.
Todavia, Ronaldo ofereceu e continua oferecendo vitórias - primeiros lugares.
Barrichello jamais foi campeão. O Brasil estava acostumado a Fittipaldi, Piquet, Senna. Todos campeões.
De Barrichello se esperou muito mais do que apresentou durante toda a carreira.
Enquanto Ronaldo sempre superou expectativas, Barrichello sempre as frustrou.
Principalmente agora, quando teria a chance de vencer com um bom carro e um companheiro de equipe que não se chama Schumacher.
Barrichello decepciona. Ninguém mais o quer. O contrário acontece com Ronaldo. É o cara que todos gostariam de ter em seus times.
Ok, Alessandra?
Abraços.
Penso que Barrichello tem muitas virtudes, mas um grande defeito: fala demais. E vive dando bom dia a cavalo.
No meu entendimento, Rubens direciona suas declarações de acordo com o "tom" das chamadas da Globo, sempre procura justificar as "deixas" do comentarista oficial.
Contraposto ao caso de Kimi, que pode ter todos os defeitos, mas uma qualidade que nós, brasileiros desprezamos: ser contido. Tomam-no por frio, por indiferente, mas com isso, vários mal entendidos são evitados, pois como já dizia o Eclesiástico: " A palavra proferida não retorna à boca".
O que me indigna, nesse parlátorio todo, é que o Regi Leme, fazer "vista grossa" aos estereótipos preconceituosos do Galvão. Hoje mesmo, o Galvão comentou sobre a indiferença do Kimi, tentou omitir a diferença de peso entre os pilotos da Ferrari, no que a Mariana fez aparte correto, e depois tomou um "chá de microfone". Desculpe fugir um pouco doassunto, mas estou indignado com a narração do treino oficial de hoje, e, no fim das contas, o fato de Barrichello sempre despertar desconfiança, é que sua imagem está associada por demais à Globo, soando algo imposto, forjado, o que deixou a competência do piloto em segundo plano, cujos resultados nunca corresponderam às chamadas.
talvez a imagem dele lá fora seja melhor (e acho justo), porque não têm chamdas da Globo.
Ronaldo não é de falar muito. Quando fala, normalmente é depois de longos intervalos pensando e calculando o que vai dizer - basta observar suas entrevistas, até mesmo no calor das emoções exacerbadas em uma partida de futebol. Além disso, Ronaldo não é de prometer nada, mas raramente deixa de cumprir algo que promete como atleta.
Barrichello é o inverso total da descrição acima. E pra completar, não tem aquele ítem fundamental que muitas vezes camufla falta de competência: carisma.
Eu olho para o Ronaldo e vejo um verdadeiro vencedor. Mas olho para Barrichello e vejo um fracassado. Ele não é um fracassado, mas faz com que as pessoas o vejam assim - ainda que essa não seja sua intenção.
Brou,
O meu comentário deve ser o primeiro após a corrida da Espanha. Não preciso falar nada, não é mesmo?
Ronaldo, além de tudo o que já foi dito, tem muita sorte. É o cara certo no lugar certo, desde que jogava no Cruzeiro.
E futebol é esporte coletivo. A responsabilidade, ainda que maior para as estrelas, pode ser dividida entre outros jogadores da equipe, técnico, dirigentes, juiz...
Rubens Barrichello, o demolidor do kart e das fórmulas de acesso, na verdade parece ser o maior símbolo do infelizmente lentíssimo fim da era Galvão Bueno.
Esse narrador, egresso dos gloriosos tempos de 8 títulos brasileiros em 19 temporadas, inflama uma torcida totalmente emocional nos brasileiros. Espertíssimo, capitalizou muito no redentorismo do esporte. Só que não existem mais pilotos brasileiros dominadores. A F1 mudou muito. Nosso Rubens, guiado por mestre Papagaio, se atribuiu o papel de herdeiro de Senna e, logicamente, se deu mal. Precisou até se humilhar para conseguir a vaga na Brawn, criada com Button em mente desde o primeiro momento.
Well... o redentorismo dos pilotos brasileiros foi enterrado em maio de 1994 e agora só falta o enterro da voz de Galvão, o mortovivo mais bem-sucedido do país.
Como a Globo é burra!
Ale,
muito bem colocada a questão da diferença de postura e amadurecimento de ambos, os comentários que li retratam o que penso por isso não vou encher linguiça, o que acho lamnetavel nessa história toda é que não acho Rubens um mal piloto, um perdedor, é apenas um bom piloto que comparado aos que estiveram presentes na história da F1 fez um bom papel, agora daí a comapara-lo com Senna e cia e´forçar muito a barra e sinceramente coisas da emissora oficial, na verdade a derrocada do Rubens para mim é da emissora oficial que quis ludibriar a nós
Simples. "Barriquelo" fala muito e não faz nada.
E será assim pelo resto da carreira.
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