Não sei quanto a vocês, mas eu a-do-ro colecionar virunduns. Ao lado dos palíndromos, são talvez as duas coisas inúteis que mais me encantam.
Ah, vá dizer que você não sabe o que são virunduns? Nem palíndromos?
Um dia volto aos palíndromos, por enquanto vamos apenas de virunduns.
"Ouviram do Ipiranga..." - pronto, ei-lo. Quantas crianças não se debateram na dúvida sobre o que queria dizer aquela primeira frase do Hino Nacional? Daí surgiu a expressão "virundum", para designar trechos de música que soam de forma completamente diferente do original. O Hino Nacional Brasileiro é praticamente um virundum só. Além de usar palavras pouco usuais, abusa da ordem indireta nas frases. Em resumo, acho que 98% das pessoas que o cantam nunca pararam para destrinchá-lo e finalmente compreendê-lo.
Mas há tantos, tão hilários e saborosos virunduns que existe até um site sobre isso. Se quiser rir, é diversão na certa.
O meu preferido, de todos os tempos, foi o virundum de um professor de francês, que recém-chegado de seu Uruguai natal deparou-se com um sucesso de Elis Regina nas rádios: "... mas é você que é mal-passado e que não vê...". Era o que o pobre entendia, no lugar de "... mas é você que ama o passado...". Clássico e recorrente.
Há algum tempo, no blog do PAS, começamos a falar de virunduns e alguém veio com um outro, igualmente sensacional. De Djavan, que já é um virundum potencial, por tanto hermetismo nas letras: "...mais fácil apedrejar pôneis em Bali...", leitura digamos "alternativa" para "...mais fácil aprender japonês em braile...".
E você, venha, confesse seu virundum. Todo mundo já teve um.
Eu tenho vários, mas gosto mais desses aqui:
Gil cantava "com a cor do veludo, com amor, com tudo..."
e eu entendia "com a cor do peludo, com amor, com tudo..."
Roupa Nova cantava "alçar o vôo livre..."
e eu entendia "All Star, o vôo livre..."
Quem dá mais?
Tuesday, March 06, 2007
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